A exposição contínua à radiação solar e poluição, a
submissão a agressões térmicas e químicas, a prática de uma alimentação pobre
em nutrientes e a manutenção de uma rotina de vida estressante têm contribuído
para que o processo de envelhecimento dos fios ocorra cada vez mais cedo. Para
uma grande parte da população, os primeiros sinais de desgaste e fragilização
dos cabelos têm surgido a partir dos 30 ou, até mesmo, antes disso.
A hairstylist, visagista e proprietária do salão de beleza Maison Rocha,
Rosângela Rocha, explica que o envelhecimento dos fios, normalmente, está
atrelado ao avanço da idade e ao processo de oxidação celular que o organismo
com o passar dos anos.
“Causada pelos radicais livres, a oxidação estimula o enfraquecimento do bulbo
capilar e acaba desacelerando o metabolismo das células responsáveis pelo
crescimento dos fios. Com isso, os cabelos perdem aminoácidos, proteínas,
ceramidas e melanina, se tornando mais finos ou grossos, rígidos, ásperos,
opacos, ressecados e brancos. Geralmente, essas mudanças ficam mais evidentes a
partir dos 40 anos. No entanto, elas podem se fazer presentes antes dessa faixa
etária, devido a maus hábitos de vida, fatores genéticos e questões hormonais”,
explica.
Segundo Rosângela, o surgimento de algumas doenças, o uso de medicações e a
adoção de determinados tratamentos também podem modificar a estrutura da fibra
capilar. “Por isso é tão importante que as pessoas procurem pela avaliação de
um profissional qualificado. Somente ele saberá analisar cada caso e recomendar
o método ou técnica terapêutica que deve ser adotada. Em algumas situações, ele
ainda poderá orientar a cliente para que procure investigar as suas condições
de saúde por meio de uma consulta médica. Isso é relevante porque é possível
que os problemas capilares estejam relacionados a enfermidades ocultas”,
ressalta.
De acordo com a hairstylist, para retardar o envelhecimento capilar é preciso
que as pessoas diminuam o ritmo e frequência de aplicação de produtos químicos
nos fios, optem pelo uso de shampoos adequados aos seus tipos de cabelo e
invistam em produtos que restaurem a massa capilar perdida e que revertam os
danos causados ao couro cabeludo. “Também é essencial que apostem na ingestão
de suplementos vitamínicos e mantenham um cronograma capilar de hidratação,
nutrição e reconstrução. A utilização de loções antioxidantes, produtos com
proteção solar e formulações compostas por aminoácidos, Pantenol-D e manteiga
de oliva é uma ótima escolha. Outro comportamento indispensável é a adesão a
uma dieta balanceada e rica em ferro, zinco, vitamina B6, cobre e proteínas”,
destaca.
Para quem já está com os cabelos fragilizados, Rosângela indica os tratamentos
com pente de alta frequência ou luzes de LED, vacuoterapia, microagulhamento e
a terapia com vapor ionizado para impulsionar o crescimento e o espessamento
dos fios. “Ainda recomendo terapias à base de umectação, proteínas, queratina,
vitamina B e aminoácidos para a manutenção da fibra capilar”, conclui.
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