Estudo aborda como a residência, a saúde, a mobilidade e as viagens podem evoluir em 2021
Com o fim da pandemia
global - previsto para dezembro de 2020¹ -, surgirá uma nova maneira de viver e
o mundo, com certeza, será muito diferente. Tendo em vista antecipar algumas
mudanças que moldarão essa nova realidade, a Allianz Partners, líder em assistência
24 horas e seguro viagem, produziu, em parceria com o
Futurologista Ray Hammond, o relatório “Life after
COVID-19”.
Dividido em quatro
categorias – casa, saúde, mobilidade pessoal e viagens -, o conteúdo exclusivo
traz os seguintes destaques:
- Casa: as
residências não serão mais um lugar para passar apenas noites e fins de
semana, elas se tornarão uma fortaleza digital multifuncional;
- Saúde: a tecnologia digital para a saúde será a norma,
incluindo a telemedicina e incentivando a rápida adoção de tecnologias
vestíveis, que são dispositivos inteligentes utilizados como um acessório
(relógios, pulseiras ou até mesmo óculos de realidade virtual);
- Mobilidade pessoal: as viagens rodoviárias voltarão aos níveis
normais e as principais cidades do mundo continuarão reorganizando a
infraestrutura para estimular o uso da micromobilidade;
- Viagens: medidas rigorosas de saneamento serão adotadas em
todo o setor de lazer e turismo e as viagens aéreas de lazer provavelmente
voltarão aos níveis pré-COVID-19 somente após alguns anos.
Que são melhor
detalhados abaixo:
- A casa assume uma dimensão completamente
nova
A Covid-19 acelerou o
futuro das casas e deu a elas um novo papel. Embora o trabalho em casa tenha
sido uma exceção antes da pandemia, ela se tornará cada vez mais normal para os
empregos que a permitem. O lar, portanto, se tornará mais do que apenas um
local de lazer, será um centro de trabalho. Isso incluirá seu uso crescente
para profissões como personal trainer, locutores de rádio e psicoterapeutas.
Além disso, a residência se tornará um centro de aprendizado, pois os
universitários terão cada vez mais probabilidade de passar um semestre ou dois
na casa dos pais. A casa do futuro também será transformada em uma
fortaleza digital com sensores inteligentes, e até mesmo monitoramento
integrado de saúde, como equipamentos e aplicativos de diagnóstico eletrônico,
que permitirão a segurança e a independência dos moradores.
No futuro, será um local
em que poderemos obter atendimento médico e acomodar equipamentos e serviços
para idosos. A longo prazo, algumas famílias poderão escolher criar espaço em
casa para cuidar de um membro da família que necessite de cuidados específicos.
Além disso, será possível realizar conexões de vídeo para permitir que as
pessoas vulneráveis sejam tratadas remotamente pelos profissionais de
saúde, no conforto de sua própria casa.
- Os cuidados de saúde terão que responder a
novas expectativas
As sociedades reformadas
que emergirão da pandemia de 2020 estarão mais sábias e muito mais preparadas
para lidar com qualquer novo risco à saúde pública. A opinião pública exigirá
mais gastos com saúde por parte dos governos, e os países localizarão cada vez
mais cadeias de suprimentos médicos para garantir acesso rápido a medicamentos
e equipamentos.
Médicos e pacientes
continuarão, na medida do possível, a realizar consultas de rotina remotas e
online, pois a entrega digital de serviços e informações médicas tem o
potencial de aliviar as imensas filas dos sistemas de saúde. Durante a crise da
Covid-19, além de permitir consultoria e apoio aos pacientes, a telemedicina
também ajudou a impedir a propagação do vírus, reduzindo o número de pessoas
que visitam clínicas e hospitais. A tecnologia se tornará habitual com a rápida
adoção de tecnologias vestíveis.
Com a chegada da
pandemia e o subsequente isolamento social, o número de pacientes que relataram
problemas de saúde mental, como tristeza, aumento da ansiedade e depressão,
aumentou drasticamente. Os profissionais de saúde mental também têm feito uso
considerável de aconselhamento remoto, o que permite um melhor acompanhamento
médico a longo prazo para aqueles que mais sofrem.
Prevê-se que as
consequências da saúde mental durem mais que a própria pandemia; é muito
provável que os profissionais continuem a usar as consultas por vídeo em sua
combinação de métodos de tratamento no futuro.
- Uma mudança em direção no compartilhamento e
mobilidade flexível
Embora o uso de
“máscaras inteligentes²” permita identificar as pessoas doentes, o volume de
passageiros nos trens será reduzido e muitas pessoas vão repensar suas viagens.
Durante os lockdowns, as pessoas descobriram que podiam pedir suas compras ou
outros itens de compras online com facilidade e rapidez. Muitos trabalhavam em
casa e agora se perguntam se faz sentido possuir um carro. É provável que isso
acelere a tendência de aluguel de carros a curto prazo, e não a posse de
carros, e provavelmente aumente o número de pessoas que utilizarão o modelo de
compartilhamento de carros.
Nos últimos meses,
milhares de quilômetros de ciclovias foram construídas em cidades que estão
sendo fechadas ao trânsito. Viajantes de todo o mundo adotaram massivamente a
bicicleta à medida que emergem dos meses de isolamento social. Isso terá um
impacto positivo no uso de novos modos de micromobilidade, como bicicletas,
bicicletas elétricas, patinetes e scooters (compartilhadas
e próprias) que podem levar as pessoas para diversos lugares e ainda evitar o
uso de transporte público, ajudando a reduzir as emissões de Gases de Efeito
Estufa e melhorando a qualidade do ar.
Ao mesmo tempo, as
autoridades precisarão fornecer pontos de carregamento, criar mais ciclovias e
regular o uso para garantir que os motociclistas estejam seguro, respeitem os
limites de velocidade, usem capacete e tenham responsabilidade pelos itens de
mobilidade compartilhada. Com o aumento do uso e por ser um equipamento
compartilhado, os fornecedores precisarão garantir a segurança de todos e
fornecer regras de higiene e dicas de seguranças básicas.
- A experiência de viagem nunca mais será a
mesma
A Covid-19 tem sido um
verdadeiro ponto de virada para a indústria de viagens: aviões permanecem
aterrados, serviços de trem reduzidos, navios de cruzeiro não puderam atracar
por causa de passageiros infectados e restaurantes e hotéis tiveram que fechar
por causa de medidas sanitárias. O período pós-pandemia abrirá uma nova era de precaução
com menos espontaneidade e mais proteção contra o vírus.
Prevê-se que o
transporte aéreo de curta distância e as viagens aéreas domésticas se recuperem
primeiro, mas os viajantes mudarão de comportamento, incluindo máscaras durante
toda a jornada e os abraços e beijos de despedidas dos familiares serão fora do
aeroporto. Em alguns casos, pontes de embarque, ou ponte telescópica para
aviões serão usadas como um “túnel desinfetante”. As companhias reduzirão as
malas da cabine para acelerar o embarque e reduzir o risco de contaminação,
além de diminuir os serviços de bordo.
Os mais afetados
certamente serão a indústria de cruzeiros, pois ninguém tem uma visão clara de
como eles podem ser organizados, respeitando o distanciamento social e, acima
de tudo, a quarentena de viajantes doentes para evitar a contaminação.
A hospitalidade será
impactada por medidas aprimoradas de saneamento. É provável que os restaurantes
reabram com menos horas, por menos dias, com muito menos mesas e menus bastante
simplificados. Enquanto isso, os pedidos de entrega e retirada de aplicativos
para smartphones
continuarão em alta. Os pacotes all
inclusive de hotel provavelmente serão redesenhados para
remover a entrega de comida e bebida em estilo buffet, e assim garantir que os hóspedes
recebam serviço em suas mesas individuais e distanciadas. As excursões locais
deverão ser fornecidas para festas individuais e, inevitavelmente, serão mais
caras.
Finalmente, as viagens
de negócios serão reconsideradas, pois a pandemia mostrou que o gerenciamento
global de projetos pode ser feito por videoconferência, permitindo reduções de
custos financeiros e de emissões de Gases de Efeito Estufa. Provavelmente,
apenas reuniões comerciais, exposições e eventos esportivos internacionais
voltarão aos níveis normais no futuro próximo.
Sirma Boshnakova, CEO da
Allianz Partners, comenta: “A crise do Coronavírus tem nos levado a muitas
mudanças na maneira como vivemos nossa vida cotidiana e, com isso, as
expectativas e os comportamentos dos consumidores evoluíram. Encomendamos este
relatório para poder antecipar e desenvolver as soluções mais inovadoras e
eficazes para nossos clientes, oferecendo a eles tranquilidade agora e no
futuro. Como líder em serviços de assistência 24 horas e seguro viagem, estamos
prontos para apoiar as transformações nos negócios mais importantes para o
nosso grupo: residencial, saúde, auto e viagens”.
O relatório completo
está disponível para leitura aqui: https://www.allianz-partners.com/en_US/press-and-media/reports/life-after-covid.html
Ray Hammond -
tem quase 40 anos de experiência escrevendo e falando sobre as tendências que
moldarão o futuro. Ele foi premiado com a Medalha de Ouro das Nações Unidas em
Serviços para Futurologia em 2010. O longo histórico de previsão precisa
de Hammond é único na Europa e ele agora vive no futuro que descreveu
há quase 40 anos. O futurologista oferece discursos, palestras e workshops para
empresas, governos e universidades em todo o mundo. Ele ministrou palestras na
Oxford-Martin School da Universidade de Oxford, na CASS Business School e na
Lund University. Hammond também é membro eleito da Royal Society of
Arts (FRSA).
Allianz Partners
https://www.allianz-partners.com.br/
¹
Cientistas de dados da Universidade de Tecnologia e Design de Singapura
utilizaram inteligência artificial para criar previsões baseadas em dados das
trajetórias da Covid-19 em diferentes países, prevendo finalmente quando o
surto atual terminará. O relatório pressupõe que uma vacina provavelmente será
encontrada e administrada a granel no terceiro trimestre de 2021.
² Uma nova geração de máscaras que mostra se uma pessoa com sintomas de Covid-19 espirra nas proximidades. Essas máscaras estão agora em desenvolvimento no MIT e na Universidade de Harvard nos EUA.
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