A baixa autoestima está associada a pensamentos negativos que a pessoa tem sobre si
mesma
Vivemos
em um momento na qual sentir-se empoderado é quase que uma obrigatoriedade,
estamos expostos 24h por uma constante chuva de informações, repleta de regras,
metodologias, padrões e atalhos milimetricamente estudados por profissionais e
influenciadores que nos guiam através de dicas de como devemos nos apresentar,
falar ou sermos belos para atingir o tão sonhado sucesso.
Esse
é o preço da felicidade a ser pago para que possamos nos enquadrar em uma
sociedade que exige e estimula a desenfreadamente a competição, seja ela
através da forma física, ganhos materiais ou da posição social ao qual
almejamos pertencer.
Todas
essas informações são diariamente promovidas pelas mídias digitais
impulsionadas pela publicidade e projetadas pela potência do noticiário,
automaticamente replicadas espontaneamente por meio das mídias sociais
facilmente acessadas por qualquer simples mortal em menos de um minuto apenas
através de um clique.
Motivados
pela curiosidade, esse bombardeio de informações podem se tornar envolventes ao
ponto de querermos experimentar essas sensações, que quando menos percebemos,
já estão atuando e sendo aplicadas em nossas vidas.
As
redes sociais são um bom exemplo disso, campo fértil para essa fábrica de
vaidades e competições, na qual pessoas de verdade se escondem através de
avatares, fotos e vídeos vendendo uma falsa ideia de felicidade.
De
forma positiva ou não, não devemos julgar, mas o fato é que desviamos do nosso
real propósito e de quem realmente somos, deixamos de lado as nossas conquistas
e principalmente o protagonismo da nossa vida, para observar a dos outros, sem
que percebemos, entramos em um ritmo de cobrança interna, nos obrigamos a
provar cada vez mais as nossas capacidades para os outros, mexendo
profundamente com a nossa autoestima e abalando a nossa estrutura emocional
.
No
jogo da comparação, a tendência é sempre achar que a grama do vizinho é mais
verde que a nossa, consequentemente dando o nosso poder pessoal ao outro
que sempre sairá vencedor.
Uma
vez que a baixa estima e a inveja é estimulada, desenvolvemos uma atitude
extremamente perigosa quando se trata de manter o equilíbrio para o bom
funcionamento do fluxo das funções e obrigações cotidianas, para consigo, a fim
de extrair melhor aproveitamento no desempenho das atividades do dia-dia.
É
natural e humano querer se sentir amado, valorizado e diga-se de passagem
querido, no entanto, a busca incessante por aprovação, querer ser sempre
o centro das atenções ou dono absoluto da razão, pode se tornar nocivo e ao
mesmo tempo desesperador.
Devemos
ter em mente que somos diferentes e que dentro dessa pluralidade humana,
possuímos peculiaridades e qualidades que tornam cada ser humano único e
especial, extremamente importante para cada núcleo da sociedade.
Como
no reino animal, as pessoas foram feitas para viver em grupo por isso é
necessário haver um ambiente longe de conflitos e brigas que são os principais
aditivos das grandes guerras.
Por
isso, o amor-próprio, ou melhor, dizendo a autoestima é fundamental e faz parte
de ganhos tanto para nossa essência quanto para o coletivo, sendo parte
importante para o cultivo da nossa paz interior e autoconhecimento para
mantemos relações mais sólidas e de qualidade com nós mesmos e com os outros.
É
uma arma importante, pois assim podemos defender nossos interesses e opiniões
para evitar a submissão e o consentimento para que não sejamos
manipulados e o outro não nos faça algo que não é do nosso agrado, evitando
motivos de tristeza ou problemas, munidos de inteligência emocional,
longe da forma impositiva , mas de maneira construtiva através do diálogo e do
conhecimento.
Segundo
o filosofo e escritor israelense Gad Adler,
as pessoas culturalmente possuem um bloqueio em torno do assunto e
confunde o amor-próprio, autovalorização ou propriamente a autoestima como uma
forma de prepotência, enxergando quem se valoriza perante os demais, como
indivíduo arrogante.
Trata-se
de uma crença limitante, repassada de pai para filho, influenciada ao longo dos
anos pelas religiões, um absurdo que não leva em consideração que a baixa
autoestima atua diretamente na qualidade das relações pessoais sejam elas no
âmbito da família, profissão ou no campo afetivo, elementos profundamente
ligados a sentimentos negativos, como problemas de aceitação, autoimagem,
traumas e rejeições.
Fazer
uma autoanálise ainda é o melhor método para identificar quais são
os fatores responsáveis pela insatisfação pessoal, melancolia, pensamentos
negativo e até mesmos estados depressivos em fase inicial para que essas
atitudes possm ser localizadas, melhoradas e corrigidas. Descobrir a felicidade
interna e o sentido da vida é um trabalho solitário que depende apenas de nós
mesmos, afirma o filósofo.
Gad Adler é filósofo, nascido em Jaffa, Israel, terapeuta motivacional e
palestrante.Formado em Filosofia e História das Religiões pela Universidade de
Tel Aviv, escreveu o livro “Você não pode tudo!Mas pode e merece
ser feliz.“; é criador do método Melhor Maneira de aperfeiçoamento emocional
para uma vida melhor, além de administrar o site:www.melhormaneira.com.br
com conteúdo motivacional e que leva o mesmo nome da técnica.
https://www.youtube.com/channel/UC8AsBDCFpRuSiLlSXFhOUGQ
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