O que a pandemia nos ensinou sobre proteção financeira e o que fazer prevenir novos sustos
Diante
de uma crise extrema como a pandemia do coronavírus, é praticamente impossível
não sentir algum impacto financeiro. Quem já tinha o hábito de fazer reservas
de emergências ou proteger seus principais riscos com seguros pôde respirar com
um pouco mais de alívio, enquanto outras pessoas foram pegas de surpresa e
precisaram de mais esforço para encontrar saídas.
Ainda
que seja natural evitar o assunto, preparar-se para lidar com riscos como o
desemprego, as doenças e a morte é fundamental para preservar nosso conforto e
garantir a tranquilidade das pessoas que amamos. Confira, a seguir, o passo a
passo para criar uma reserva financeira elaborado pela equipe do Meu Bolso em
Dia , portal criado pela Federação Brasileira de Bancos
(Febraban) com foco em educação financeira e finanças pessoais.
Reserva
de emergência
O
desemprego e o fechamento de empresas causados pela pandemia geraram muitos
sustos financeiros nas famílias, mas, para muitas pessoas, também trouxeram uma
oportunidade de aprender que é possível atravessar fases como essa, desde que
estejamos abertos a mudar de mentalidade.
O
primeiro passo é entender a importância da reserva de emergência, que é aquele
dinheiro que você vai guardar, pouco a pouco, e só vai usar em casos de extrema
necessidade (como nos meses de quarentena). Saiba como fazer a sua para ter
mais tranquilidade e segurança financeira.
Monte
seu orçamento
O
primeiro passo é fazer seu orçamento pessoal ou familiar, ou seja, o registro
de suas entradas e saídas financeiras. Para isso, é fundamental que você crie o
hábito anotar tudo e calcular a média mensal de quanto ganha e gasta para
chegar ao valor necessário para sua reserva.
A
sua reserva de emergência deve ter de três a 12 vezes o dinheiro que você
precisa para viver. Ou seja, se sua família gasta R﹩ 3.000 por mês, você deve se planejar para ter uma reserva
deve ser de, no mínimo, R﹩ 9.000. Se você estiver num emprego
estável, três meses de reserva pode funcionar. Mas se for um autônomo, mais
suscetível às altas e baixas do mercado, pense em guardar o equivalente entre
seis e doze meses de gastos.
Faça
sobrar
Para
criar uma reserva de emergência, é preciso não gastar mais do que ganha, ou
seja, fazer sobrar algum dinheiro no final do mês. Não importa o valor, você
pode começar com pouco. Se esse mês sobrou R﹩
20, guarde-os mesmo assim, pois tão importante quanto ter dinheiro de reserva é
"mudar a chave" e enxergar o valor de estar protegido quando a vida
sai um pouco do eixo.
Se
você acha difícil encontrar esta sobra, reveja minuciosamente todos os custos e
identifique onde pode cortar. Ou, quem sabe, vale repensar o estilo de vida.
Já
se você sente dificuldade em se organizar para separar a dinheiro que será
guardado, temos alguns truques para você nas matérias Técnicas
para guardar dinheiro 1: envelopes e Técnicas
para guardar dinheiro 2: crie seu próprio desafio .
O
desafio de guardar dinheiro pode ter causas em armadilhas psicológicas ou
aspectos comportamentais. Se esse é o seu caso, não deixe de ler: Gastar hoje
ou guardar para amanhã? e Por que
algumas pessoas conseguem aguardar e outras não?
Escolha
o investimento
Depois
que você conseguiu fazer sobrar, é hora de guardar. Para escolher uma aplicação
adequada para imprevistos, considere aquelas com melhores retornos, mas
principalmente que tenham liquidez, ou seja, que você possa resgatar o dinheiro
a qualquer hora sem perdas financeiras. Na matéria 3
investimentos para formar sua reserva de emergência , você tem
tudo explicadinho.
Tenha
consciência
O
mais importante da reserva de emergência é ter consciência sobre quando
recorrer a ela. Se a situação apertou, use-a, sobretudo em contextos mais
difíceis, como o desemprego. Mas evite utilize esse dinheiro para gastos que
não são essenciais, como o sustento da família, ou compras que possam esperar
um pouco mais
FEBRABAN - Federação Brasileira de Bancos
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