Nelson Justino,
nutricionista e docente do Centro Universitário de João Pessoa, avalia a
importância desse hormônio para o organismo humano
No início da pandemia, muito se
falou sobre a importância da vitamina D para o
organismo humano. Um estudo mostrou que pessoas mais suscetíveis a complicações
pela Covid-19 apresentaram deficiência dessa vitamina, que é um hormônio
produzido pelo próprio corpo junto à exposição solar e que não precisa de
alimentação para obtê-lo. Embora a melhor forma de consegui-la seja com a
exposição ao sol, há quem ainda não consiga fazer isso por estar em casa para
se prevenir contra a infecção. Então, como consegui-la nos alimentos?
Por ser lipossolúvel,
quando adquirida por meio de comidas, é necessário haver gorduras para ser
absorvida no intestino. Segundo o nutricionista e professor Dr. Nelson Justino, do
curso de Nutrição do Centro Universitário
de João Pessoa – Unipê,
alimentos ricos em vitamina D são peixes (sardinha, tilápia e até óleo de
fígado de peixe) e frutos do mar de um modo geral, como ostra, camarão, lagosta
e também pode ser encontrada na gema do ovo, leites e derivados.
“Esses são os
alimentos, pelo menos da nossa cultura, mais ricos, principalmente os queijos
gordurosos, que têm quantidade maior de vitamina D, como mussarela, manteiga e reino. Os queijos magros não têm tanta”, diz.
Entre os benefícios dela, Nelson aponta a captação de cálcio e fósforo,
importantes na calcificação dos ossos e dentes, prevenindo contra osteoporose e
cáries, por exemplo - e também melhora o sistema imunológico.
“A vitamina D também
está relacionada com a redução da inflamação no organismo e prevenção de
algumas doenças, como câncer, diabetes, hipertensão, obesidade”, assinala.
Outras complicações possíveis devido a deficiência dela são, por exemplo,
deformações dentárias, osteopenia,
risco de fratura óssea, aumento de infecções, testosterona baixa e impotência
sexual.
A quantidade necessária
de vitamina D sempre varia conforme idade, sexo e o estado fisiológico de cada
pessoa, como atletas ou grávidas e lactantes. “Mas, de modo geral, é
interessante que a quantidade seja em torno de 600 a 1000Ui (unidades
internacionais) por dia”, apresenta Nelson. E quando seria interessante
suplementar? Quando não puder ser obtida a partir da alimentação ou exposição
solar – que pode ser de 90 a 120 minutos por semana.
A quantidade a ser
suplementada dependerá também de outros fatores, como o seu estado no
indivíduo, ou se ele faz atividade física, entre outras situações. “De modo geral, a gente pede que caso seja suplementada, que
seja em torno de 2 mil a 5 mil ao dia. Mas, isso é muito variável. Cada situação é uma situação”, reforça o nutricionista.
Unipê
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