Por conta da pandemia, muitos pacientes tiveram dificuldades e ainda passam por essa situação para conseguir agendar consultas, ter acompanhamento, estoque baixo de sangue e até leitos. Além disso, por conta do atual momento que estamos passando, muitas pessoas deixaram de seguir o tratamento, retornar as consultas com seus médicos por medo do novo Coronavírus e, agora, chegam aos hospitais em um estágio muito avançado da doença e com o tratamento comprometido, obrigando-os a fazer intervenções mais drásticas.
Contudo, os avanços recentes na área de oncologia, possibilitou a utilização de
novas terapias que não necessitam o uso da quimioterapia, evitando que o
paciente saia de casa com tanta frequência, o que é fundamental por conta do
período que estamos passando e pela vulnerabilidade do estado clínico do
paciente. Esse medicamento é aprovado pela Anvisa e aplicado via oral, com
efeitos colaterais inferiores ao da quimioterapia e os pacientes que
completaram o tratamento no prazo fixo de 12 meses, não apresentaram piora da
doença em 28 meses de acompanhamento.
Cerca de 43% dos pacientes com câncer tiveram o tratamento impactado pela
pandemia de covid-19, como cancelamento ou adiamento de procedimentos, segundo
uma pesquisa online realizada pelo Instituto Oncoguia. Na região Norte, 63% dos
participantes da pesquisa afirmaram ter tido impacto no tratamento. A região
Sul foi a menos atingida, com 32% pacientes afetados. A pesquisa foi realizada
com 566 pacientes oncológicos e seus familiares, desse total, 429 estão em
tratamento no momento. Dos pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde), 60%
tiveram impacto no tratamento, contra 33% que utilizam serviço privado de
saúde.
Entre esses 43%, os cancelamentos ou adiamentos de tratamentos ocorreram devido
a decisões institucionais, ou seja, tomadas pelo hospital ou clínica. Os
motivos fornecidos pelas instituições de saúde são: risco de contágio, priorização
de pacientes, redução de equipe e impacto na infraestrutura.
Cerca de 12% dos pacientes tomaram a decisão por conta própria e 3% tomou a
decisão em conjunto com o médico. Dentre os pacientes que tiveram alterações em
seus tratamentos após o início da quarentena, 34% fazem quimioterapia, 31%
hormonioterapia, 9% radioterapia e 9% terapia-alvo.
A pesquisa mostrou que 70% dos pacientes oncológicos se consideram grupo de
risco para a covid-19. Também contribuiu para esses resultados o fato de que
leitos que seriam usados para cirurgias oncológicas estão sendo ocupados por
pacientes da Covid-19. Outra explicação é de que, alguns locais que fazem
exames de imagem importantes para tratar e diagnosticar tumores, fecharam ou
passaram a atender os atingidos pelo coronavírus como prioridade. De acordo com
o INCA, no Brasil, a incidência por 100 mil habitantes será de 10.810 novos
casos de leucemia, Sendo 5.920 em homens e 4.890 em mulheres.
Fonte: http://www.inca.gov.br/estimativa/estado-capital/brasil
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