Durante toda a história de todos os tipos de
transmissão de informações, as manchetes atraentes e intrigantes sempre
constituíram uma forma de reter a atenção do público. Notícias falsas podem
prejudicar o receptor de diversas maneiras, principalmente quando se trata de
informações na área de ciência da saúde, uma vez que afetam uma questão
sensível e muito íntima, que é a própria saúde do indivíduo.
Em sites de redes sociais, o alcance e os
efeitos da disseminação da informação são significativamente amplificados e
ocorrem em um ritmo tão rápido, que informações distorcidas, imprecisas ou
falsas adquirem um tremendo potencial para causar impactos reais, em minutos,
para milhões de usuários.
É importante salientar que as pessoas não
confiam completamente nas informações na Internet, mas ainda é difícil ficar
livre de sua influência. Isso quer dizer que muitas pessoas, através de seu
senso crítico, tendem a considerar as informações on-line duvidosas e pouco
confiáveis, mas a maioria delas ainda é influenciado. Essa influência é ainda
maior se a pessoa já teve, anteriormente, contato com a suposta
informação. A familiaridade desempenha um papel importante na crença
sobre notícias falsas, e a repetição facilita o processamento rápido e fluente,
o que implica que a afirmação repetida se torna “verdadeira”
Como então podemos nos tornar mais críticos e
sermos menos influenciados por notícias que podem prejudicar nossa saúde?
Elaboramos aqui algumas sugestões:
·
Buscar
profissionais referências no assunto: verificar a formação, área de atuação e
experiência de quem escreveu sobre o assunto. Se possível, contatar o
profissional. (isso o Bem Estar faz muito bem)
·
Consultar
conselhos de classe, como o conselho de medicina ou de nutrição, por exemplo
·
Procurar
textos de diretrizes e consensos, como por exemplo alguma Diretriz da Sociedade
Brasileira de Cardiologia. Normalmente as diretrizes e consensos se baseiam na
análise de diversos estudos sobre o tema abordado.
·
Buscar
orientações propostas por órgãos como ANVISA e Ministério da Saúde, que também
são elaboradas após análise de várias pesquisas.
·
Desconfiar
quando a notícia tem um forte apelo emocional, com uma descrição de caso, por
exemplo (ex. essa dieta mudou minha vida!)
· Estar ciente de que os navegadores de internet que existem ferramentas da web que bloqueiam informações com as quais o usuário discorda e exibem notícias de acordo com suas crenças. Tudo isso é baseado em algoritmos que possuem informações sobre o usuário, como localização, comportamento, cliques passados, histórico de pesquisa (você já entrou em um shopping e recebeu uma mensagem de promoção de uma loja?). E aí entram informações com apelo emocional, econômico, moral e não científico.
O profissional nutricionista é um
profissional multifacetado e com várias e importantes inserções em diferentes
ambientes e locais de trabalho. É o profissional mais competente para falar
sobre alimento em qualquer aspecto.
Na área de produção de alimentos é vital a
presença do profissional. Seu papel neste segmento compreende desde o
desenvolvimento de produtos (no caso da indústria) até a adequação de portfólio
com ajustes às necessidades do consumidor e às recomendações de ANVISA. Ser
responsável técnico em uma empresa do ramo alimentício implica em não somente
cuidar do produto, mas também desenvolver manuais de procedimento internos de
qualidade e até mesmo produzir documentos de validação de segurança e qualidade
de produto. Dentro deste mesmo segmento é possível ser responsável pelo
departamento regulatório e assim discutir e implementar registros em nível
nacional, com impacto na saúde da população.
Nas áreas de produção e varejo é também comum
encontrar o nutricionista na função de speaker, atuando em comunicação e
marketing. Aqui, seu papel principal é comunicar com responsabilidade e ética
as características dos alimentos e também sua segurança e adequação de consumo.
A comunicação responsável evita a propagação de fake news em alimentação
e saúde, e desmistifica riscos inadequadamente associados ao consumo de alguns
grupos alimentares específicos, transmitindo segurança aos produtores, ao
comerciante e ao consumidor.
Lara Natacci – nutricionista, mestre e
doutora pela Faculdade de Medicina da USP. Pós doutoranda pela Faculdade de
Saúde Pública da USP, departamento de Nutrição. Certificada em Coaching de
Saúde e Bem Estar pela Wellcoaches e American College of Sports and Medicine.
Fez especialização em Transtornos Alimentares na Universidade de Paris V, em Bases
Fisiológicas da Nutrição no Esporte pela UNIFESP e em Nutrição Clínica
Funcional pela UNIB. Membro da comissão de Comunicação da SBAN. Diretora
Clínica da Dietnet Nutrição, Saúde e Bem Estar. Autora de 6 livros e 8 e-books
de nutrição.
Vanderli Marchiori – nutricionista, especialista
em Fitoterapia e com larga experiência em atendimento de pacientes com
alergias. Realiza frequentemente palestras , cursos e atendimentos individuais
e atua na docência e coordenação de cursos de Pós Graduação em Nutrição
Funcional e Fitoterapia. Longa participação em Entidades: APAN, CRN , ABNE e
atualmente APFIT. Pioneira em estudos de fitoterapia no Brasil,
stakeholder da regulamentação do uso de plantas por nutricionistas. Fundadora
da APFIT (Associação Paulista de Fitoterapia) e conselheira da Associação
Brasileira de Nutrição Esportiva. Idealizadora
do CEFITOS (Centro de Estudos em Fitoterapia e Saúde).
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