O setor terciário, conhecido por abranger as atividades de comércio de bens e prestação de serviços, demonstra expressiva relevância na economia brasileira. A representatividade do setor chegou a 73% em 2018, segundo dados das Contas Nacionais Trimestrais do IBGE, divulgados pelo Ministério de Desenvolvimento (2020). Ainda para compreender a dimensão do setor de serviços, basta olhar para a sua participação no PIB brasileiro, que manteve o patamar de contribuição em torno de 60%, desde 1997 até o ano de 2018.
Bem
verdade que com todos os condicionantes da crise gerada pela pandemia da
Covid-19, a retração expressiva no setor exigiu uma resposta rápida e
conciliadora. Tendo como recurso a revolução por meio das plataformas
tecnológicas, a aproximação de alguns serviços com o público, se deu por meio
de clubes de assinatura e serviços in
box. Uma estratégia presente no mercado, mas que ganhou
notoriedade e destaque como alternativa para o setor de serviços durante a
crise.
É
fácil perceber que cada vez mais, empresas estão trabalhando no formato de
entrega de conteúdos e mercadorias por demanda, atendendo a interesses
específicos do público – uma forma de fortalecer o vínculo com o consumidor,
além de potencializar a fidelidade de compra e o potencial do serviço.
Os
clubes de assinaturas são serviços antigos, porém ganharam destaque a partir de
2011 com as exigências do público por serviços específicos que contavam com a
seleção e curadoria de especialistas – a proposta central estava em
proporcionar facilidade, tanto no processo de escolha mais assertiva, quanto na
diminuição de tempo trazendo maior comodidade e conforto para as pessoas com
interesse específico.
Olhando
pelo caminhar histórico, de fato, os clubes de assinaturas não são exatamente uma
novidade, pois revistas e jornais já efetuavam esse tipo de negócio há muito
tempo. A inovação foi percebida pela diversificação dos serviços e produtos
entregues, como diferentes tipos de alimentos (saudável, fit, pré-preparados),
bebidas (vinhos, cafés, cervejas, whiskey, cachaças), livros (infantil,
juvenil, adulto, por área de interesse ou temática de preferência), entre
outros.
Atualmente,
os clubes de assinatura estão mais versáteis e se utilizam do varejo digital e
das ferramentas de marketing digital, para ganhar expressividade e se destacar
no mercado. Segundo a TrayCorp (2020), somente nos Estados Unidos,
estima-se que esse mercado movimente cerca de US$ 10 bilhões de dólares por
ano. O Jornal Correio Braziliense publicou em 2018 que os clubes de assinatura
movimentaram aproximadamente 1 bilhão de reais, demonstrando uma larga
oportunidade de crescimento, dada a situação atual da sociedade.
Além
disso, pode ser um negócio bem rentável, pois exige baixo investimento,
proporciona um bom controle de estoques e pedidos e pode efetuar boa parte da
sua operação no formato online,
reduzindo os custos com mão de obra e estrutura física, além de estar alinhado
com as preferencias e especificidades do público. Olhando pela perspectiva do
cliente, ele tem a possibilidade de receber seus produtos preferidos em casa,
com preços atrativos, exclusividade e regularidade, sem falar no conforto e
comodidade.
Diante
disso, os clubes de assinatura e os serviços e produtos in box estão conquistando
o mercado, uma tendência potencializada pelos avanços tecnológicos e pelas
características da situação atual.
Karen Sturzenegger - tutora do curso de Gestão de Turismo e
de Gestão Empreendedora de Serviços da Escola de Gestão, Comunicação e Negócios
do Centro Universitário Internacional Uninter.
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