52% dos entrevistados no Brasil declararam ter engordado; média de aumento de peso no período é de 6,5 kg
A crise do novo coronavírus trouxe consequências
consideráveis à forma física do brasileiro. A pesquisa Diet &
Health Under Covid-19, realizada com respondentes de 30 nações em
todo o mundo, colocou as pessoas do Brasil em primeiro lugar entre as que mais
acreditam ter mais engordado na pandemia. 52% declararam ter aumentado de peso
desde o início da disseminação da Covid-19 no país.
Na média global, pouco menos de 1 em cada 3
entrevistados (31%) engordou durante o período. Logo atrás do Brasil, os países
que mais lidaram com os quilos extras foram o Chile (51%) e a Turquia (42%). Em
contrapartida, os asiáticos China (6%), Hong Kong (9%) e Malásia (19%) foram os
que melhor conseguiram manter a forma. Entre as pessoas que engordaram,
considerando todas as nações, o aumento de peso médio foi de 6,1 kg. No Brasil,
foram 6,5 kg quilos a mais.
Se, por um lado, 29% dos brasileiros relataram uma
diminuição na prática de exercícios físicos durante a pandemia, por outro, 23%
disseram que estão se exercitando mais. Com o aumento do sedentarismo no
período, ações menos saudáveis, como o consumo de álcool, também aumentaram. No
Brasil, 14% afirmaram estar bebendo mais, e 11% estão bebendo menos. Ainda
assim, mais pessoas deixaram de fumar do que aderiram ao fumo: enquanto 3%
largaram o cigarro, 2% adquiriram o hábito.
O impacto de práticas saudáveis na redução dos
riscos da Covid-19
Globalmente, 45% dos respondentes da pesquisa
acreditam que há uma relação entre a obesidade e sintomas mais graves da
Covid-19 entre os infectados. Considerando somente o Brasil, o percentual é
ainda maior, de 55%.
Segundo a opinião dos entrevistados, alguns hábitos
podem ser eficazes para reduzir os riscos de ter os sintomas mais críticos da
doença. A prática regular de exercícios foi citada por 38%, 28% mencionaram
parar de fumar, 26% concordam que o uso de suplementos de vitamina D é efetivo,
17% acham que é importante perder peso e 9% citaram deixar de consumir bebidas
alcóolicas.
A pesquisa on-line foi realizada com 22.008
entrevistados, com idades entre 16 e 74 anos, de 30 países. Os dados foram
colhidos de 23 de outubro de 2020 a 06 de novembro de 2020 e a margem de erro
para o Brasil é de 3,5 pontos percentuais.
Ipsos
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