Fazer a correção é importante, pois a condição causa desconfortos estéticos e problemas psicológicos, provocando ainda a impossibilidade de amamentar
Muitas mulheres nascem com o mamilo invertido e
desconhecem as consequências dessa condição. Isso costuma ser frequente,
chegando a atingir 3% da população mundial, em ambas as mamas. Além da questão
estética e psicológica, o problema pode se tornar um impedimento no processo de
amamentação. Porém, há como resolver este incômodo por meio de uma cirurgia
plástica.
Segundo Arnaldo Korn, diretor do Centro Nacional — Cirurgia Plástica, esse
procedimento cirúrgico normalmente precisa apenas de anestesia local, e é comum
as mulheres combinarem a correção do mamilo invertido com mamoplastia de
aumento ou de redução de mama, pois as incisões são semelhantes. "Esta
cirurgia é muito importante, pois devolve a pessoa a alto confiança e o
bem-estar necessários à feminilidade e sexualidade da mulher", destaca.
Ele explica que o mamilo invertido é uma má-formação congênita, devido a uma
fraqueza nos ligamentos que sustentam a papila, e não tem caráter hereditário.
Em casos raros, as causas podem ser adquiridas nos processos inflamatórios —
que podem acontecer devido a diabete, tabagismo — e até mesmo ao câncer de
mama. "Quando invertido, o mamilo pode acumular secreções e favorecer
certo odor, a multiplicação de germes e infecções mamárias recorrentes, por
isso é fundamental fazer a cirurgia", ressalta.
Mas, antes de optar por um procedimento cirúrgico, Korn orienta que, ao notar o
mamilo invertido, a mulher deve procurar um médico especializado para que
investigue as causas e doenças associadas. O mastologista poderá solicitar
exames clínicos das mamas e de imagem, como ultrassonografia, mamografia e
ressonância magnética, para averiguar as causas da retração.
Há diferentes graus de inversão, que podem ser classificadas em três grupos:
Grau I, quando o mamilo é externado quando manipulado e permanece por algum
tempo; Grau II, quando precisa manipular para a exteriorização do mamilo, que
se retrai logo após; e Grau III, quando não se exterioriza com manobras
manuais. Cerca de 96% das pessoas estão nos graus I e II e possuem melhor
respostas aos tratamentos.
Mulheres que planejam ter filhos precisam fazer o tratamento com antecedência,
evitando assim dificuldade na amamentação. "A questão financeira não pode
ser um impedimento para a resolução dessa condição. Caso não consiga pagar à
vista, é possível parcelar com o auxílio de uma empresa que faz assessoria
administrativa, oferecendo crédito com condições especiais de pagamento",
finaliza o diretor do Centro Nacional — Cirurgia Plástica.
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