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sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

Pequenos projetos de geração elétrica hidráulica tem potencial de gerar mais de 1 milhão de empregos no Brasil

A redução na burocracia de aprovação de pequenos projetos hidrelétricos pode acelerar a geração de empregos no Brasil. Empreendedores do mercado de pequenas gerações elétricas no Brasil estão empenhados na defesa de processos mais acelerados para as aprovações dos novos projetos do setor defendendo números que mostram um grande potencial de geração de empregos.

O Brasil tem hoje 27 PCHs (Pequenas Centrais Hidrelétricas) em construção gerando quase 20.000 empregos e 3 CGHs (Centrais Geradoras Hidrelétricas) com outros 440 empregos. Outras 4 CGHs e 96 PCHs que ainda não iniciaram suas construções devem gerar outros 696 e 81.600 empregos respectivamente. Uma CGH gera até 5 MW de energia e uma PCH entre 5 até 30 MW.

A ABRAPCH (Associação Brasileira de PCHs e CGHs) calcula que o Brasil tenha um potencial para construir 213 novas CGHs, com capacidade de gerar 846 MW e 1.082 PCHs com capacidade geradora de mais de 14.000 MW de energia – isso equivale a uma nova Itaipu para se ter um ideia. Viabilizados de uma vez esses projetos gerariam hoje mais de 1 milhão de novos empregos no país, com obras totalmente nacionais, tanto em construção como tecnologia aplicada. Os Estados com maior potencial de instalação de novos projetos são GO, MG, MT, PR, SC e SP.

Para o presidente da ABRAPCH, Paulo Arbex, é fundamental que os processos de aprovação dos novos projetos sofram uma desburocratização. Em sua opinião “não é possível que o Brasil com toda a sua estrutura do setor energético demore 11 anos para a aprovação de uma nova matriz energética limpa e renovável”. O executivo admite que o governo tem aberto uma série de conversas para acelerar o setor, mas defende que isso precisa ser feito com mais rapidez. “Quando falamos em energia, estamos falando de crescimento econômico e geração de novos empregos já na construção de suas matrizes. Isso é fundamental para que o Brasil cresça”, defende Arbex.

Vale comentar que mais de 75% da geração de energia no Brasil hoje vem de suas fontes hidráulicas.


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