Especialista da
Sicredi Iguaçu PR/SC/SP explicam como funciona e como aplicar no dia a dia
Atualmente, mais da metade dos brasileiros -
aproximadamente seis em cada 10 - não tem controle financeiro, segundo a última
pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em
parceria com a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). A falta de
planejamento financeiro é um dos principais motivos de endividamento das
famílias brasileiras. Por isso, é preciso sempre levar em consideração não
apenas os gastos essenciais, mas também determinar o quanto cada família
investe mensalmente em outros aspectos, como lazer, por exemplo.
“O que é essencial e o que é supérfluo no meu dia a
dia? Investir ou quitar dívidas antes? Esses são questionamentos que sempre
aparecem na hora de fazer um planejamento financeiro. Hoje, a maioria dos
brasileiros vive no limite do orçamento e isso acarreta em vários problemas,
como o endividamento. Por isso existem algumas regras básicas que podem ajudar
muito nesta organização, como a regra 50/30/20, um modelo simples e eficaz que
ajuda a facilitar o orçamento familiar”, destaca o gerente do Sicredi em
Campinas, Carlos Liberato.
50% sobrevivência
Lidar com dinheiro exige, além de disciplina, muita
organização, equilíbrio e controle. “Essa regra vale independentemente do
salário. É importante saber que 50% da renda deve sempre ser utilizada para
bancar os chamados gastos fixos e essenciais para a sobrevivência. Entre
elas podemos citar moradia (aluguel, condomínio, IPTU); contas de luz, água,
internet, telefone; alimentação; e transporte. Fazer uma planilha com o
orçamento mensal e controlar o total dessas contas para ver se elas equivalem a
50% do seus rendimentos é um bom início. "Caso contrário, é preciso rever
contratos e valores para tentar se adequar a isso”, explica.
30% qualidade de vida
Essas são as despesas que geralmente têm muito
impacto na vida financeira, portanto são as que as pessoas precisam sempre
ficar de olho. “Aqui entra a lista de “desejos e estilo de vida”, que
geralmente é onde mais temos descontrole. Apesar de ajudarem muito na qualidade
de vida, elas são também as que mais dão dor de cabeça na hora de organizar a
planilha. Por isso, o indicado é sempre separar apenas 30% do orçamento para
isso: despesas pessoais (beleza, roupas); viagens; cinema e teatro;
restaurantes; TV a cabo; e outras assinaturas. Aqui sempre é importante pensar
se você realmente precisa daquilo ou é apenas um desejo que a pessoa pode
postergar ou deixar de lado”, argumenta.
20% investimentos e dívidas
Aqui está uma das mais importantes, porém a mais
esquecida na hora de controlar os gastos. “Guardar 20% da renda mensal deve ser
uma prioridade. Esse valor deve ser destinado primeiro para quitar dívidas e
depois para investimentos a curto e longo prazos, para que a pessoa possa ter
uma reserva de emergência. Esse valor pode ser flexível quando necessário. Por
exemplo, se existem muitas dívidas, o ideal é reduzir os gastos com a parte do
estilo de vida e aumentar as economias aqui”, ressalta.
Sicredi
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