Apesar das
previsões pessimistas de muitos especialistas, o mercado imobiliário presenciou
um expressivo crescimento do setor mesmo na pandemia, segundo aponta pesquisa
do Sindicato da Habitação (Secovi-SP). Em setembro do ano passado, houve um
aumento de 19,2% nas vendas de imóveis residenciais, em comparação com o mesmo
mês em 2019. Essa expansão do segmento está associada à baixa na taxa básica de
juros e à implementação do home office, que fez com que o perfil do comprador
mudasse, devido ao isolamento social. Hoje, a residência não é mais vista
apenas como local de descanso.
Uma tendência que
vem sendo apontada por especialistas é que casas e apartamentos com espaços que
possam ser convertidos em escritórios estão sendo mais procurados. Também,
aumentou a preferência por locais mais afastados para aqueles que desejam ter
uma melhor qualidade de vida, uma vez que as idas ao escritório cessaram ou
diminuíram consideravelmente.
Com um
crescimento de 300% durante a pandemia, a Arbo Imóveis, startup paranaense que
oferece ferramentas para facilitar a compra e venda, é um exemplo de como a cultura do home office mudou o perfil do comprador
não só em relação aos imóveis procurados como
também na forma de pesquisar e comprar. Segundo, Manoel Gonçalves, CEO da
empresa, o sucesso da plataforma se deve ao fato de esta desburocratizar
e dar maior celeridade aos processos, além de o vendedor e o comprador poderem
realizar “tudo de forma online.”
Ainda segundo
Manoel, “se antes o país vinha numa tendência maior pela locação, hoje, com a
condição econômica atual, o número de vendas se equipara ao de aluguéis -
além de a localização influenciar menos que anteriormente, e tamanho e
características do imóvel terem ganhado mais relevância.”
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