No Dia Mundial do Rim – 09 de março – Sociedade
alerta para a correta prevenção para manter os rins saudáveis e evitar
complicações decorrentes da doença renal crônica
O Dia Mundial do Rim é celebrado em 09 de março com
o objetivo de alertar a população sobre os cuidados com os rins para a
prevenção para da Doença Renal Crônica. A obesidade é uma das maiores vilãs na
causa da hipertensão arterial, diabetes e consequente DRC – doença renal
crônica e IRC – Insuficiência renal crônica: em indivíduos afetados pela
obesidade, os rins têm de trabalhar mais, filtrando mais sangue do que o normal
(hiperfiltração) para satisfazer as exigências metabólicas do aumento do peso
corporal. O aumento da função pode danificar o rim e aumentar o risco de
desenvolver DRC a longo prazo.
Segundo a OMS – Organização Mundial de Saúde – a
obesidade é um dos maiores problemas de saúde pública no mundo e estima que até
2025, cerca de 2,3 bilhões de adultos estejam com sobrepeso; e mais de 700
milhões, obesos. No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, mais da metade de
população está acima do peso (52,5%) e destes, 17,9% são obesos.
Qualquer doença que afete os vasos sanguíneos,
incluindo diabetes, hipertensão arterial eaterosclerose, pode afetar a função
renal. Doenças e infecções em outras partes do corpo também apresentam risco de
provocar um distúrbio renal. Como lesões renais podem causar risco de vida,
qualquer doença ou distúrbio que tem possibilidade de afetar o rim merece
atenção imediata. Para a Sociedade Brasileira de Patologia Clínica / Medicina
Laboratorial a prevenção passa ainda pelos exames preventivos corretos, que são
detalhados pelo Lab
Tests Online BR - LTO BR, site brasileiro atualizado por médicos
Patologistas Clínicos e mantido pela SBPC/ML.
Por que os rins são importantes?
O sistema urinário filtra o sangue e elimina do
corpo o excesso de água e resíduos na urina. É formado por dois rins, dois
ureteres (um para cada rim) que são tubos que conduzem a urina dos rins para a
bexiga urinária, e a uretra. Músculos controlam a emissão de urina pela bexiga.
Os rins são dois órgãos em forma de feijão
localizados abaixo da caixa torácica, nos dois lados das costas. O corpo tem
dois rins, mas apenas um é suficiente para manter a função normal, mesmo quando
o outro é lesado ou retirado. Os rins filtram o sangue proveniente da aorta e
das artérias renais e o devolvem ao sistema venoso. A urina produzida é movida
e eliminada através do trato urinário, formado por ureteres, bexiga e uretra.
Os rins controlam a quantidade e a composição dos
líquidos do corpo. Além disso, produzem hormônios que controlam atividades em
outros órgãos: a renina participa do controle da pressão arterial, e a
eritropoietina estimula a formação de hemácias. Quando falha a função renal,
água e resíduos podem se acumular até níveis perigosos, causando risco de vida.
As substâncias que têm níveis sanguíneos controlados pelos rins incluem sódio,
potássio, cloretos, bicarbonato, cálcio, fósforo e magnésio.
Doenças renais com frequência não causam sintomas
até provocarem lesões avançadas, e podem evoluir para insuficiência renal, que
é fatal a não ser que o paciente seja submetido adiáliseou a um transplante de
rim. Existem mais de 100 distúrbios ou doenças que causam lesão renal
progressiva. Alguns dos mais comuns são descritos abaixo, assim como sinais de
aviso que não devem ser ignorados.
Sinais e sintomas
As doenças renais com frequência permanecem
silenciosas durante muitos anos, semsinaisousintomasreconhecíveis ou com sinais
muito genéricos. Por isso, é muito importante fazer exames de rotina. Eles
podem revelar sangue ou proteínas na urina ou níveis elevados decreatininae
deureiano sangue, que são sinais precoces de lesão renal. Entretanto, alguns
avisos de doença renal não devem ser ignorados. É necessário procurar um médico
imediatamente quando ocorrem:
- Inchaço (edema), especialmente em torno dos olhos ou na face, nos pulsos, no abdome, nas coxas e nos tornozelos
- Urina espumosa, sanguinolenta ou cor de café
- Diminuição do volume urinário
- Problemas durante a micção, como queimação ou secreção anormal, ou alteração da frequência urinária, especialmente à noite
- Dor lombar, abaixo das costelas, perto da localização dos rins
- Hipertensão arterial
Com o progresso da doença renal, os sintomas podem
incluir:
- Aumento ou diminuição da frequência urinária
- Prurido
- Cansaço, perda da concentração
- Perda do apetite, náuseas e vômitos
- Inchaço e/ou dormência nas mãos e nos pés
- Escurecimento da pele
- Espasmos musculares
Exames
Exames de sangue e de urina detectam problemas
renais e permitem minimizar as lesões, se tratadas precocemente. Eles mostram a
eficiência da remoção de água e de resíduos pelos rins. Além disso, a pressão
arterial deve ser medida porquehipertensão arterialpode causar lesão renal, e
doenças renais podem causar hipertensão arterial. Quando há suspeita de lesões
estruturais, são usados diversos exames de imagem. Umabiópsiarenal é útil para
diagnosticar problemas específicos.
Exames comuns para triagem e diagnóstico
Podem ser medidas no sangue acreatinina(e ataxa de
filtração glomerular estimada) e aureia. Os níveis desses resíduos aumentam
quando diminui a filtração glomerular. Resultados anormais são, com frequência,
os primeiros sinais de uma doença renal. Ao mesmo tempo, é examinada uma
amostra de urina (urinálise) como parte da rotina, para verificar se há
presença de hemácias, leucócitos ou proteínas. Em pessoas comdiabetesou com
hipertensão arterial, pesquisa-semicroalbuminúriaanualmente para detectar lesão
renal inicial. Quando a creatinina é medida ao mesmo tempo, é possível calcular
a relação microalbuminúria/ creatinina, recomendada pela American Diabetes
Association, dos EUA. Se há suspeita de infecção, ela pode ser confirmada
pelacultura de urina.
Exames para monitorar a função renal
Em pacientes com lesão renal, os níveis sanguíneos
de ureia e de creatinina são medidos periodicamente para acompanhar a evolução
da doença.Cálcioefósforono sangue, eeletrólitosno sangue e na urina podem ser
afetados por doenças renais.
Ohemogramaavalia o grau de anemia resultante da
falta de eritropoietina,hormônioproduzido nos rins que estimula a produção de
hemácias. A proteinúria é usada para avaliar o resultado do tratamento na
síndrome nefrótica. Oparatormônio(PTH) pode estar elevado em doenças renais.
Acistatina Cé outro exame usado como alternativa à
creatinina e aoclearanceda creatinina para monitorar a função renal. É útil
nos casos em que a medida da creatinina não é adequada, como em pessoas
comcirrose hepática, muito obesas, desnutridas ou com massa muscular reduzida.
A medida da cistatina C também é utilizada para a detecção precoce de doença
renal, quando outros parâmetros ainda estão normais, especialmente em idosos.
Exames de imagem
Quando há suspeita de um problema estrutural ou de
um bloqueio, são feitas imagens dos rins. Usam-se ultrassonografia, tomografia
computadorizada, cintilografia e diversas técnicas radiológicas, como
pielografia, urografia excretora, cistografia e arteriografia renal.
Biópsia renal
As biópsias são usadas para determinar a causa de
proteinúria ou de hematúria e para monitorar o resultado do tratamento. São
obtidas com punções orientadas por imagem.
Tratamento
O tratamento varia com o tipo de doença renal. Em
geral, o diagnóstico precoce melhora os resultados. Talvez seja necessário
estabelecer restrições na alimentação (restrições dietéticas), prescrever
medicamentos e fazer cirurgias. Se os rins não conseguem mais eliminar resíduos
e água, faz-sediálisediversas vezes por semana, seguida de transplante renal. O
controle dodiabetes melitoe dahipertensão arterialé muito importante para
evitar ou minimizar lesão renal.
Sobre a SBPC/ML
A Sociedade Brasileira de Patologia
Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML) é uma Sociedade de Especialidade
Médica, fundada em 1944 e que atua na área de laboratórios clínicos. Com sede
na cidade do Rio de Janeiro, tem como finalidade reunir médicos com Título de
Especialista em Patologia Clínica/Medicina Laboratorial e de outras
especialidades como farmacêutico-bioquímicos, biomédicos, biólogos e outros
profissionais de laboratórios clínicos, além de empresas do setor.
A SBPC/ML dispõe de projetos de habilitação e
qualificação profissional de acordo com a legislação em vigor, através de
atividades voltadas para ensino, pesquisa e divulgação científica em Medicina
Laboratorial, tendo como meta principal a saúde da população. Para alcançar
esses objetivos a SBPC/ML realiza cursos, jornadas, congressos, eventos
relacionados e publicações científicas.

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