Declaração de falência daqui e recuperação judicial dali, entre tantos outros anúncios vêm liderando a maior parte das notícias nesse início de 2023. O grande choque é que esse cenário vem ocasionando um efeito cascata, principalmente, no setor de varejo – segmento que vinha registrando fortes índices de crescimento. E, tendo em vista a sua participação ativa na economia do país, correspondendo a 27,4% do PIB nacional, cabe a pergunta: como essa crise irá afetar a indústria?
É fato que nos causou certa estranheza vermos
grandes monopólios tornarem públicos o seu declínio, uma vez que pareciam estar
no seu auge. De acordo com dados da Serasan Experian, só em janeiro de 2023, os
pedidos de recuperação judicial registraram um aumento de 37% em comparação ao
mesmo período no ano passado, e as declarações de falências também tiveram uma
alta de 56%.
Se, por um lado o varejo está passando períodos de
instabilidade, a indústria vem desempenhando um crescimento favorável. Em 2022,
o setor foi responsável por 23,9% do PIB brasileiro, além de responder por
69,3% das exportações no país, segundo dados da Confederação Nacional da
Indústria (CNI). E, como resposta a esses resultados, ainda segundo a CNI, o
Brasil avançou no ranking de competitividade entre 18 economias.
É importante destacar que os resultados de ambos os
setores foram conquistados ainda durante a pandemia. No varejo, diversas
empresas registraram um boom de crescimento e desenvolvimento, o que as levou a
aumentar o seu nível de produção, tendo em vista a forte adesão ao uso das
plataformas digitais, como o e-commerce, que está na lista de preferências dos
consumidores até hoje.
Mas, como dissemos: nem tudo são flores. Passada a
maré favorável para os negócios, o que estamos presenciando atualmente é a
fragilidade gerencial da maior parte das empresas que, diante do momento de
maior crescimento, não se atentaram em obter as estruturas necessárias de
controle para garantir e desenvolver estratégias pensando no futuro.
Enquanto isso, vimos o setor da indústria no país,
que sempre esteve em um cenário de instabilidade e desenvolvimento, alinhar
ações que permitissem assegurar sua performance mesmo diante das sucessões de
crises desde a pandemia, guerra da Ucrânia e instabilidades econômicas globais.
Além disso, os cuidados para conciliar a relação de oferta e demanda diante de
incertezas e o novo padrão de comportamento da sociedade, também passou a ser
ainda mais efetivo.
Contudo, engana-se que o sucesso de um setor
independe do outro, uma vez que ambos são essenciais para garantir o desempenho
econômico do país. Deste modo, ao mesmo tempo em que elencamos as principais
falhas que levaram à crise do varejo no Brasil – e os pontos que garantem um
cenário favorável para a indústria – é fundamental apontar também qual o melhor
caminho para se solucionar o desafio e manter a performance ativa de cada um.
A resposta para isso é uma só: a tecnologia. Pode
até parecer redundante, mas já está mais do que comprovado que contar com o
apoio de recursos tecnológicos por meio de ferramentas de gestão, como um ERP,
por exemplo, é o principal método que ajuda a garantir a estabilidade e saúde
financeira dos negócios.
Ou seja, as empresas que possuem interiorizado na
cultura organizacional esse elemento, minimizam os riscos de ruptura na cadeia
produtiva, uma vez que têm acesso a análise preditivas e relatórios
consistentes – ajudando no direcionamento da produção sem excesso e nem falta,
tornando-as muito mais produtivas e rentáveis.
Neste aspecto, precisamos enfatizar que esse é o
elemento-chave que deve ser interiorizado no varejo a fim de se manter ativo no
mercado. Afinal, de nada adianta ter resultados elevados, sem que haja a
estrutura definida corretamente que traga um direcionamento assertivo acerca
dos passos a serem dados em prol do seu crescimento.
E, em se tratando de tecnologia e inovação, o
Brasil ocupa a 10ª posição entre as nações, consolidando-se como um país que
investe nesse aspecto. Deste modo, precisamos estar atentos para que essa crise
no varejo não afete também a indústria, uma vez que um setor está
intrinsecamente ligado ao outro, impactando diretamente o desempenho econômico
do país.
No entanto, não existe fórmula mágica que ajude a
garantir o sucesso. Para isso, é fundamental que as empresas brasileiras,
varejistas e industriais, busquem o quanto antes interiorizar e aprimorar os
seus processos, tendo respaldo do uso de ferramentas que ajudem a adotar
melhores práticas gestão. Afinal, antes de pensar em crescer, é preciso
sobreviver aos maus tempos.
SPS Group
https://spsconsultoria.com.br/
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