Uma dieta adequada
e a adoção de hábitos saudáveis são os principais meios para evitar transtornos
O dia 29 de maio é o Dia Mundial da Saúde Digestiva, data criada pela Organização Mundial de Gastroenterologia que visa promover orientações e conscientizações sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce de doenças que afetam o sistema digestivo.
Esse sistema, um dos maiores do corpo humano, é composto por um longo tubo que vai da boca ao ânus, passando pela faringe, esôfago, estômago, duodeno, jejuno, íleo e cólons, incluindo o reto, além de incluir glândulas acessórias, como as salivares, pâncreas, fígado e vesícula biliar. “Todos esses elementos precisam trabalhar em absoluta harmonia, já que suas funções são interdependentes, e distúrbios no funcionamento de um ou mais deles acarretam incômodos na digestão. Há também a possibilidade de um deles apresentar uma lesão orgânica, ainda que isso não represente a maioria dos casos. É possível dizer que praticamente todas as pessoas já tiveram, têm ou terão algum problema com a digestão. Mas é claro que isso pode acontecer em níveis e de formas muito diversas”, explica o gastroenterologista Eduardo Berger, do Hospital Edmundo Vasconcelos, ressaltando que estão entre as enfermidades mais comuns a gastrite, a apendicite e o refluxo gastroesofágico.
O médico explica que entre os principais fatores de risco está a hereditariedade, especialmente quando se trata de tumores dos cólons, doenças relacionadas ao ácido gástrico e cálculos da vesícula biliar. Porém, os riscos aumentam significativamente por conta de outros fatores como o estresse, longos períodos de jejum e a ingestão de substâncias irritantes à mucosa do estômago, como os alimentos presentes em maus hábitos alimentares, além da própria obesidade. “O consumo de alimentos industrializados, gordurosos, muito doces, bebidas alcoólicas e café em excesso e a baixa ingestão de frutas e verduras são elementos muito prejudiciais”, detalha. Segundo ele, também é importante manter o hábito de ir ao banheiro para realizar todas as necessidades diariamente e em horários determinados.
O gastroenterologista ressalta que, por conta das
más condições de atendimento na saúde pública de nosso país, muitas pessoas
vêm-se obrigadas à automedicação. Entre os mais comuns e perigosos estão está o
uso de laxativos e/ou purgativos quando ocorre diarreia, o que pode acabar
agravando os problemas. “É possível entender a utilização de medicações
sintomáticas, de uso eventual, como alívio dos sintomas, mas nunca deve haver a
automedicação para tratamento visando a cura. Também é muito importante a dose
utilizada (especialmente no caso de laxantes), já que ela deve apenas provocar
uma evacuação normal e nunca diarreias. Toda medicação de uso contínuo e toda
orientação relacionada a doses corretas deve ser feita por um médico”, destaca
ele.
Hospital Edmundo Vasconcelos
www.hpev.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário