Modelo
desenvolvido por pesquisadores mostrou precisão de 96% de identificação da
doença
A Inteligência Artificial é um dos assuntos mais
comentados no momento. O ChatGPT (voltado para criação de texto) e o DAL-É
(utilizado para criação de imagens e artes visuais) estão causando uma
verdadeira revolução na criação de conteúdo, mas você sabia que a IA também
está mudando a forma como lidamos com a medicina?
Segundo um estudo publicado na ACS
Publications, foi criada uma inteligência artificial que detecta o
Parkinson muitos anos antes dos primeiros sintomas surgirem. Os cientistas não
estão interessados somente em achar uma cura para a doença, mas em uma melhor
forma de diagnóstico precoce, para assim, minimizar seus impactos e oferecer
mais qualidade de vida para as pessoas.
Para a Sociedade Brasileira de Neurocirurgia, é
necessário que a tecnologia seja parceira nas formas de detecção da doença.
"Sabe-se que a Doença de Parkinson é um dos distúrbios do movimento mais
comuns em todo o mundo e que ela afeta por volta de 1% da população com mais de
60 anos de idade, porém cada vez mais vemos o aumento de casos em pessoas na
casa dos 30 e 40 anos. A comunidade médica torce para que a inteligência
artificial venha a somar no tratamento, diagnóstico antecipado e quem sabe até
somar em estudos que buscam a cura dessa doença", alerta a neurocirurgiã e
diretora de comunicação da SBN, Vanessa Milanese.
Segundo o estudo, o uso de aprendizado de máquina e
da metabolômica oferecem novas oportunidades de diagnóstico de doenças com até
96% de precisão anos antes do início dos sintomas, que podem ser: tremores, rigidez
muscular, lentidão nos movimentos, problemas de equilíbrio e coordenação entre
outros. Esses sintomas são causados pela perda de células nervosas no cérebro
que produzem um neurotransmissor chamado dopamina.
A ferramenta desenvolvida pelos pesquisadores
chama-se Crank-MS que procura por compostos químicos específicos (os
metabólitos) no sangue, identificando padrões que potencialmente podem prever o
diagnóstico da doença. O estudo utilizou ao todo 39 pacientes para o teste.
Ainda de acordo com a neurocirurgiã:
"pesquisas recentes sobre o Parkinson estão focadas em descobrir as causas
subjacentes da doença e desenvolver novos tratamentos que possam prevenir ou
retardar sua progressão. Alguns pesquisadores estão aproveitando o 'boom' da
inteligência artificial aplicando o seu uso para auxiliar a medicina, mas
cabe-se ressaltar que o médico do paciente deve ser sempre consultado em meio
às respostas oferecidas pelo chat GPT", diz.
"Os neurocientistas, neurologistas e neurocirurgiões, estão trabalhando para ajudar essas pessoas, criando modelos de inteligência artificial para melhorar a vida dos pacientes para que continuem a produzir e mantenham as suas atividades diárias e sociais", finaliza a especialista Dra. Vanessa.
Sociedade Brasileira de Neurocirurgia –SBN
portalsbn.org
Instagram sbn.neurocirurgia
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