Mudanças
bruscas de temperatura e baixa umidade do ar são características do inverno que
chegou. Nesta época do ano é comum ambientes fechados, pouco arejados e com
grande volume de pessoas, o que contribui para proliferação de doenças
respiratórias como a rinite.
Dra.
Maura Neves otorrinolaringologista da Clinica MedPrimus em São Paulo explica
que a rinite é uma inflamação da mucosa nasal que pode ser alérgica ou não
alérgica ( irritativo, gestacional, senil) e pode ser intermitente ( sintomas
por menos de 4 dias na semana) ou perene ( sintomas em mais de 4 dias da semana
por mais de 1 mês). A rinite se manifesta por coriza, congestão com
obstrução ou semi-obstrução nasal, prurido (coceira), espirros, ardor ou
irritação nasal.
A
Rinite alérgica atinge de 15 a 30% da população. É geralmente causada por
alergenos inalatórios como, ácaros da poeira doméstica, mofo, pólen e pelos de
animais domésticos. E agentes irritantes como, a fumaça de cigarro, poluição
ambiental e odores fortes ( perfumes, produtos de limpeza, etc).
A rinite alérgica
aumenta a frequência de infecções respiratórias bacterianas (otite, sinusite,
faringites) e viroses respiratórias ( como gripes e resfriados). Isso
ocorre pois a inflamação nasal causada pela rinite diminui a eficácia das
defesas nasais.
Dra.
Maura Neves elenca os principais sinais e sintomas:
•
Coriza e secreção nasal intensa;
•
Obstrução e congestão nasal;
•
Espirros frequentes;
•
Piora noturna da dificuldade para respirar;
•
Dor de cabeça;
•
Perda do olfato;
•
Voz anasalada;
•
Irritação nos olhos.
O
tratamento pode ser medicamentoso mas segundo a médica é importante seguir
algumas orientações:
·
Controle
ambiental e dos ácaros;
·
Manter
o ambiente ventilado e realizar limpeza frequente com pano úmido;
·
Encapar
colchões e usar revestimento impermeáveis (corino, courvim, napa etc.) em
estofados e almofadas, evitar tapetes grandes e carpetes, pelúcias, pilhas de
jornais e revistas, madeiras e outros itens que retém poeira e mofo;
·
Trocar
e lavar a roupa de cama com água quente pelo menos a cada duas semanas;
·
O
travesseiro deve ser colocado no sol várias vezes por semana e trocado por um
novo com frequência. Deve ser realizada a aspiração do pó de colchão, cortinas,
tapetes e estofados semanalmente;
·
Manter
animais fora de casa ou, pelo menos, fora do quarto de dormir. Lavar as mãos
após contatos com animais. Cães e gatos devem tomar banho semanal;
·
As
janelas devem ficar abertas e o ambiente bem ventilado nos casos relacionados a
ácaros e mofo e devem ficar fechadas (ou bloqueadas com tecido grosso) nos
casos relacionados a pólen de gramíneas e árvores na época de polinização.
Entre as medidas de suporte para os sintomas, estão:
-
Aplicar solução fisiológica no nariz em forma de aerossol ou spray, ou com o
auxílio de uma seringa, ajuda a aliviar os sintomas e a congestão nasal através
da hidratação e fluidificação das vias aéreas;
-
Para amenizar os desconfortos respiratórios, uma opção são os umidificadores de
ar, especialmente em dias com umidade relativa do ar mais baixa. Mas, é preciso
ficar atento para não deixá-lo ligado por períodos longos, uma vez que o excesso
de umidade pode colaborar com a proliferação de fungos e bactérias. “O ideal é
manter o aparelho ligado em uma intensidade baixa e uma porta ou janela aberta
para escape e por períodos curtos.” Completa Dra. Maura Neves.
-Outra
medida mais econômica e efetiva é colocar uma toalha de rosto úmida no quarto
de dormir, perto da cama. Já as bacias não são efetivas porque a superfície e
evaporação são pequenas;
-
Não esquecer da recomendação universal que é a hidratação, ou seja, ingerir
bastante água.
Dra.
Maura Neves otorrinolaringologista da Clinica MedPrimus
Clínica
MEDPRIMUS
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