Inverno é época de rinite, asma e bronquite; veja as 10 dicas para se prevenir desses problemas
Todo começo de inverno é assim: as temperaturas
caem, o ar fica mais seco e crescem os níveis de poluição no ambiente. Com a
volta do frio (que há muito não aparecia), é a hora de pegar aqueles agasalhos
guardados desde o último inverno. Mofo, frio e baixa umidade: junção perfeita
para aquelas famosas “ites”. Não à toa, a estação é a recordista das rinites,
sinusites, faringites, laringites e todos os problemas respiratórios –
principalmente asma e bronquite. Por meio de pesquisas não oficiais, estima-se
que as doenças respiratórias cresçam cerca de 40% nesta época do ano.
Realizado em 2015, um levantamento do Ibope mostrou
que 44% dos brasileiros apresentam alguma doença respiratória, sendo asma e
bronquite crônica na maior parte dos casos. No país, cerca de 20 milhões de
pessoas convivem de forma persistente com asma, enquanto a rinite afeta
aproximadamente 26% das crianças e 30% dos adolescentes. A asma é a quarta
maior causa de hospitalização, resultando em cerca de 400 mil internações por
ano em todo o país (Datasus, 2001). Anualmente mais de 250 mil pessoas morrem
em decorrência da doença ao redor do mundo, com base em dados da Organização
Mundial de Saúde (OMS).
Segundo o coordenador técnico do Brasil Sem
Alergia, o médico Marcello Bossois, todos estão sujeitos a problemas
respiratórios durante o inverno, mas os alérgicos – que já representam 35% da
população brasileira, de acordo com o Ministério da Saúde – têm que estar mais
atentos aos sinais destas doenças. “O alérgico já tem um sistema imunológico
desregulado, aumentando as possibilidades de maiores complicações
respiratórias”, comenta. As crianças, gestantes, os idosos e as pessoas com
doenças crônicas também preocupam, pois são vulneráveis a infecções secundárias
graves, como no caso da pneumonia crônica.
Os sintomas de uma alergia respiratória podem
variar, mas os mais comuns são coriza, espirros, dor de garganta e chiado no
peito. Se o quadro for mais intenso, sinais gastrointestinais, como diarreia,
também podem estar associados à doença. Apesar de estarem mais relacionados a
processos dermatológicos, coceira e vermelhidão na pele também podem, em
determinados casos, explicar um quadro de alergia respiratória.
10 dicas para prevenir as alergias respiratórias:
- Forrar colchões e travesseiros com material
impermeável;
- Umidificar as narinas constantemente com soro
fisiológico;
- Praticar atividade física;
- Beber bastante água;
- Evitar locais fechados e com pouca ventilação por
longos períodos;
- Lavar agasalhos e cobertores antes de usá-los;
- Retirar de casa tudo que acumula mofo e poeira
(bichos de pelúcia, jornais velhos e cortinas de pano);
- Utilizar produtos de limpeza biodegradáveis;
- Vacinar-se contra a gripe;
- Eliminar cigarro, principalmente dentro de casa.
Brasil Sem Alergia
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