A infertilidade feminina e
masculina é uma doença sim, mas geralmente tem cura devido aos avanços da
Medicina e das técnicas de Reprodução Assistida
Idade, fumo, álcool e outras drogas,
grande ganho ou perda de peso, estresse emocional e físico, além de certas
doenças, são responsáveis pela infertilidade, que está presente em cerca de 14%
dos casais de todo o mundo. Isso significa que um em cada sete casais em idade
reprodutiva apresentará dificuldades para engravidar.
No Brasil, esse número chega a oito milhões, segundo o Dr. Edson Borges
Jr., especialista em reprodução assistida e diretor científico do Fertility
Medical Group, um dos grupos mais conceituados do setor.
IDADE
Mulheres dos 20 aos 30 anos têm todo mês entre 20% e
30% de chance de engravidar. Dos 30 aos 34 anos, o percentual cai para 15%.
Depois dos 35 anos, é de apenas 10%. E é sabido que, hoje em dia, elas querem
ter filhos cada vez mais tarde, depois de se estabilizar profissionalmente e
financeiramente, o que dificilmente acontece antes dos 30 anos.
“Assim, quem tem mais de 35 anos e tentou engravidar
naturalmente sem sucesso, por seis meses seguidos, deve procurar ajuda
especializada. Quanto mais esperar, menores serão suas chances de ser bem
sucedida”, explica o Dr. Edson.
Homens inférteis podem ter
filhos
Pesquisas recentes mostram que não é somente a idade da
mulher que interfere nas taxas de fertilidade. A do homem também. Quanto maior
for, maiores também são as chances de alterações na produção e na qualidade dos
espermatozoides. As consequências disso podem ser dificuldade na formação de um
embrião, um risco maior de abortos e de síndromes genéticas.
É importante saber que o problema pode
ser dos dois membros do casal. “Em geral, as causas de infertilidade estão
distribuídas igualmente entre homens e mulheres (por volta de 40% cada), além
de um percentual sem causa aparente”, diz Borges.
Entre as principais causas da esterilidade masculina
está a Varicocele (varizes na região escrotal), que é diagnosticada por um
simples exame físico e é responsável por até 40% dos casos. Outras são a
Falência Testicular Primária, Infecções Seminais, Criptorquidia (testículos
fora da bolsa testicular), Obstruções do Epidídimo (ou canal deferente) e
Disfunções Hormonais.
A evolução das técnicas de Reprodução Assistida permite
hoje que muitos problemas seminais sejam resolvidos, possibilitando que o homem
consiga ter filhos. Dentre essas técnicas estão o Processamento do Sêmen para
Inseminação Artificial e a Fertilização In Vitro com ICSI (quando se injeta um
único espermatozoide dentro do óvulo).
Segundo o Dr. Edson, de uma forma geral, cada um destes
processos resulta em uma probabilidade de gravidez que varia de 25% a 50%,
levando em conta também a condição da mulher.
Assim, se a infertilidade é uma
doença, não deve ser motivo para desistir do sonho de ter um filho. Afinal, os
recursos para tratá-la são muitos, e esse desejo tem grande probabilidade de se
tornar realidade.
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