Proporcionar serviços confiáveis e seguros,
oferecer uma experiência de usuário cômoda, consistente e plenamente
satisfatória, simplificar processos sem aumentar custos de inversão em
tecnologia e operações são alguns dos desafios que enfrentam as instituições
bancárias hoje em dia. A essa lista, soma-se uma preocupação nada menor: evitar
fraudes.
Atualmente, há uma variedade de soluções
com diferentes especialidades e especificações, desenvolvidas por várias
empresas. Essa dissonância é acirrada pelo empenho das instituições financeiras
em oferecer aos usuários ferramentas úteis e confiáveis, especialmente no
segmento ‘mobile’. Para pessoas que desejam simplicidade e um entorno de
transações confiáveis, essa experiência fragmentada chega a ser frustrante, ao
invés de estimulante.
Mais arriscado ainda é que essa
fragmentação abre novas oportunidades para fraude. Sendo assim, são cada vez
mais comuns os ataques em grande escala – em que se extraem informações
pessoais para abrir novas contas, dando início a um novo delito.
Identidade real x identidade digital
Especialistas afirmam que a melhor solução
para encarar esses desafios é uma plataforma móvel e integrada de gestão de
acessos e identidades multicanal (IAM), que melhore a experiência do usuário e
a confiança de ambas as partes. A biometria é um componente importante nesse
contexto.
Diferentemente de um PIN, que utiliza uma
chave que pode ser conhecida por mais de uma pessoa, ou de um cartão, que –
sendo algo físico – pode ser furtado, a biometria opera com a verdadeira
identidade do ser humano. Mas, qual é a diferença entre identidade e
autenticação?
No contexto digital, são bastante difusos e
pouco compreendidos os limites entre os conceitos de identidade e autenticação.
No mundo físico, cada um de nós tem uma única e verdadeira identidade. Por
outro lado, no universo digital há quem tenha muitas identidades, como, por
exemplo, um endereço eletrônico, um nome de usuário em uma rede social, outro
nome ou apelido em um portal etc. Para acessar cada uma dessas identidades é
necessário associar uma senha e fazer a autenticação.
Uma credencial física pode fazer as vezes
da senha para acessar um espaço físico ou ainda uma identidade digital. Neste
caso, é importante considerar que qualquer pessoa pode encontrar e carregar a
credencial, mesmo que não lhe pertença, assumindo a identidade digital
associada à credencial, de tal forma que o vínculo entre a identidade digital e
a identidade real é fraco, já que são quase inexistentes os meios de validar a
verdadeira identidade da pessoa.
Para provar a verdadeira identidade, com o
tempo foram criados métodos que aumentaram significativamente a comodidade,
mesmo sacrificando a confiança. O exemplo mais comum é o das senhas: um método
barato, conveniente para os usuários, mas muito fraco em termos de segurança. A
vulnerabilidade foi potencializada e massificada com a chegada da era dos
computadores e da globalização. A resposta a essa ameaça foi o aumento da
complexidade das senhas – o que acabou reduzindo a conveniência, embora os
resultados não tenham sido satisfatórios.
Atualmente é possível contar com uma
solução capaz de eliminar fraudes e o roubo de identidade. Trata-se de uma
solução que tem como núcleo a tecnologia biométrica. É holística, integrada,
rentável, conveniente, e ainda maximiza a experiência do usuário. Somente a
biometria pode verificar realmente a verdadeira identidade de uma pessoa, além
de proporcionar o único meio para validar sem equívocos uma identidade, podendo
fazê-lo eliminando o custo, a complexidade e as vulnerabilidades inerentes das
senhas e de outros métodos que tão somente se aproximam da verificação de
identidade real.
O Brasil na vanguarda
É possível usar a biometria em dois casos:
como fator de autenticação para provar uma identidade digital e como método
para provar uma identidade real. A indústria financeira está na vanguarda da
implementação da biometria. As soluções biométricas Lumidigm®, da HID Global,
são parte importante na curva de adoção dessa tecnologia.
Em 2016, mais de 81 milhões de brasileiros,
clientes dos cinco maiores bancos do país, utilizaram a biometria de impressão
digital para autenticar operações financeiras – realizando mais de três bilhões
de transações em 100 mil caixas eletrônicos. Em dois desses bancos, inclusive,
não é necessário nem o uso do cartão bancário – apenas a impressão digital do
correntista para acessar sua conta e efetuar transações financeiras.
O benefício desse sistema é ter
virtualmente eliminado a fraude nos caixas eletrônicos, proporcionando ao
usuário mais conveniência e segurança. Os resultados já podem ser conferidos,
mas, para ter acesso a todos os benefícios que a tecnologia biométrica oferece,
é necessário contar com uma plataforma integrada, que reconheça a identidade
real durante todo o processo: desde o estabelecimento até a autenticação, ou
seja, que inclua uma cadeia de confiança. As plataformas integradas que incluem
tecnologia biométrica posicionam o setor bancário, melhoram a experiência do
usuário e reduzem as fraudes.
Juan
Carlos Tejedor
- diretor comercial da HID Biometrics
para a América Latina. Mais informações: www.hidglobal.com/lumidigm
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