Vírus
transmitido pelo ar é o responsável pela bronquiolite e afeta cada vez mais
crianças em época de baixa estação.
A bronquiolite viral é uma doença que tem
atingindo cada vez mais crianças de até dois anos. Ela é uma inflamação dos menores tubos que, dentro dos pulmões, levam o ar
aos alvéolos, onde ocorre a troca de oxigênio por gás carbônico.
Transmitida
pelo
ar, por meio do Vírus Sincicial Respiratório
(VSR), seu maior índice ocorre em épocas de baixa temperatura, nas estações de
outono e inverno. Isso ocorre porque
nessa época é normal que fiquemos mais aglomerados em ambiente fechado, sem
circulação de ar, gerando maior proliferação do virus.
Para um
adulto o VSR nada mais é do que um resfriado, mas no organismo de bebês e
crianças, esse vírus ocasiona insuficiência respiratória, ou seja, dificuldade
para respirar.
“O
fator preocupante da doença é que ela começa de maneira leve, muitos pais
pensam que é apenas uma gripe, até evoluir para um quadro mais grave, onde a
criança às vezes precisa da ajuda de aparelhos respiratórios.”, explica Fayad Khodr, pediatra da Clinica Fares Osasco.
Com o
aumento de casos de bebês e crianças infectados pelo vírus, os responsáveis
devem redobrar os cuidados, pois a contaminação acontece principalmente
por beijo e toque com as mãos. Também é possível contrair por meio de objetos
compartilhados, como utensílios de cozinha, toalhas ou brinquedos.
O VSR é
um dos principais responsáveis pelas infecções respiratórias em crianças
menores de dois anos, sendo o causador de até 75% dos casos de
bronquiolites. Não existe um tratamento especifico para a doença, cada
caso deve ser analisado pelo pediatra, que indicará o uso de medicamento ou
algo complementar.
É fundamental para a
prevenção que os responsáveis deixem a casa ventilada, lavem sempre as mãos e
higienize-as com álcool gel. Se algum morador da residência estiver gripado, é
indicado o uso de mascara no contato com a criança e evitar lugares com
aglomeração de pessoas.
Ainda
segundo o pediatra, crianças que apresentem vômitos, respiração com mais de 60
inspirações e expirações e pele azulada devem ter atenção redobrada.
“O alerta
que sempre faço é que os responsáveis devem estar sempre atentos. Qualquer
suspeita deve ser diagnosticada por um pediatra, pois às vezes o tratamento é
tranquilo, outras vezes não. Existem muitos casos em que a criança é internada,
e isso gera muito estresse para os responsáveis e para a criança. Por isso, a
prevenção é fundamental antes da evolução de um quadro mais grave.”, conclui.
Entendam
quais são os sintomas e causas:
Sintomas:
Os sintomas da bronquiolite são muito semelhantes aos de um resfriado. Começa com corisa, falta de
apetite, mudança no comportamento, fazendo a criança ficar um pouco mais quieta
que o habitual até evoluir para chiado no peito e tosse.
Pele levemente azulada, devido à falta de oxigênio, tosse,
febre, respiração rápida ( taquipneia) e retrações intercostais, que é o
afundamento dos músculos ao redor das costelas à medida em que a criança tenta
respirar.
O porquê apenas crianças contraem:
A bronquiolite atinge crianças de até dois anos por
conta do seu aparelho respiratório, que não é totalmente desenvolvido, assim
como seu sistema imunológico, porém outros fatores também podem colaborar,
entre eles:
Falta de amamentação
Nascimento prematuro
Alguma condição subjacente no coração ou nos pulmões
Sistema imunológico enfraquecido ou ainda não
totalmente desenvolvido
Exposição à fumaça do cigarro
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