Toda criança quer ter um bichinho de
estimação. Mas na hora de escolher, nem sempre encontramos aquele pet que nos
agrade e que caiba na nossa casa, no nosso orçamento ou até mesmo na correria
do dia a dia. Ter um bichinho de estimação requer tempo e cuidados para que ele
viva de maneira saudável e feliz.
Pensando nos cuidados e principalmente
para quem não tem muito tempo para dedicar ao seu pet a tartaruga pode ser uma
ótima opção para a criançada. Elas dão pouco trabalho, são comportadas e não
exigem atenção a todo momento.
Existem dois tipos de tartarugas que
são criadas para comercialização e tem autorização do IBAMA: a tartaruga Tigre
D’Água, mais conhecida como cágado e o Jabuti. A primeira é um quelônio de água
doce que geralmente possui o casco mais achatado. Já o Jabuti é exclusivamente
terrestre, então ele precisa de mais espaço, é mais lento e seu casco é mais
alto em relação ao de um cágado.
Os cágados nascem com cerca de 4 cm
e podem atingir de 25 a 30 cm quando adultos. Eles podem crescer cerca de 3 cm
por ano e o aquário deve ser adaptado ao seu crescimento. Os cágados podem ser
mantidos sozinhos ou em grupos dependendo do tamanho do aquário. Eles são
dóceis e é fácil de cuidar e precisam de um espaço em área seca para tomar sol,
se alimentar e procurar refúgio em ambientes aquáticos. Eles vivem cerca de 30
a 60 anos.
Os jabutis também são dóceis e podem
chegar a 80 anos. O melhor ambiente para essa espécie é o terrestre, mas eles
precisam de água, principalmente até os 2 anos para se hidratar e defecar.
Deve-se atentar também a locais com portões pois eles se passam por baixo
facilmente e ainda cachorros ou gatos pois podem pegar o jabuti até mesmo para
brincar e morder o casco quebrando-o.
Ambiente ideal
Para as tigres d’água o aquário
precisa ter uma base para que ela fique fora da água, não colocar objetos
pontiagudos ou até mesmo pedrinhas muito pequenas pois elas comem tudo o que
encontram e a água deve ficar na altura dessa base. As tartarugas precisam do
sol para metabolizarem as vitaminas D. fixarem o cálcio e prevenir o
aparecimento de fungos, porém, sol em excesso pode prejudicá-la. Vale pensar em
um espaço no aquário para que ela use como refúgio. Lugares ásperos também não
são indicados pois ocasionam lesões que facilitam a entrada de bactérias e
fungos. A temperatura da água deve se manter em 28°C.
Os jabutis podem viver em um espaço
terrestre com gramado e pedras que pode ser delimitado com um cercadinho.
Deve-se pensar em uma sombra que pode até ser uma casinha para que ele possa se
proteger do sol. Neste local com sombra também deve ficar um recipiente com
água. Assim como os tigres d’água, eles também precisam do sol para
metabolizarem a vitamina D.
Alimentação
A alimentação das tartarugas deve
ser baseada em uma dieta balanceada com todas as vitaminas e proteínas que elas
precisam. A falta de nutrientes pode causar uma série de doenças, entre elas, o
raquitismo que é uma doença que deixa a casca mole devido à falta de proteínas.
A dieta deve contar com a ingestão
de ração, frutas e vegetais como cenouras, maças e mamão, além de feijão verde
e espinafre. Camarões desidratados também podem ser oferecidos como um agrado
ou sobremesa.
Outro complemento essencial para a
manutenção da proteína é a ingestão de tenébrios vivos ou desidratados. “Os
tenébrios possuem 44% de proteína em sua composição, tem alto teor de
digestibilidade e é muito nutritivo. Os tenébrios vivos devem ser colocados na água
e podem estimular o instinto de caça das tartarugas e pode ser uma diversão
para as crianças que vão ficar empolgadas em alimentar seu pet. Já os tenébrios
desidratados podem ser oferecidos juntamente com as frutas ou a ração. Algumas
tartarugas se alimentam de grilos e baratas também”, explica o engenheiro
agrônomo e proprietário da Safari Insetos, Eduardo Matos. Para os jabutis, em
especial, vale apostar nos tenébrios desidratados misturados com folhas verdes
e frutas variadas.
Os insetos têm alto teor de
proteína, ácidos graxos e minerais de alta digestibilidade. Além dos tenébrios,
o “cardápio” oferecido pela Safari é composto por: grilo preto (Gryllus assimillis), tenébrio
gigante (Zophobas morio),
tenébrio comum (Tenebrio
molitor), barata cinérea (Nauphoeta
cinérea) e barata blaberus (Blaberus
giganteus). Em breve, a espécie barata madagascar (Gromphadorhina portentosa) também
fará parte da produção que, hoje, já soma milhões de insetos e podem ser
oferecidos para lagartos, roedores, tartarugas, macacos, pássaros de médio e
grande porte e peixes. “Nutritivamente, os insetos substituem a ração. Mas a
dieta do pet não pode ser substituída apenas por insetos e sim usá-los como um
complemento para o animal”, explica Matos.
Safari Insetos
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