Durante a gestação a mulher é
bombardeada por hormônios como ocitocina e prolactina, que são responsáveis
pelo amor e instinto protetor materno. Além disso, esses neurotransmissores
ajudam na produção do leite e na contração muscular uterina, na hora do parto.
Sendo assim, é fácil entender que mãe e filho possuem ligação não só física, mas
também hormonal.
Mas, e o pai? De onde surge o amor pelo
filho?
O neurocirurgião do Hospital das
Clínicas de São Paulo, Dr. Fernando Gomes, esclarece que, para o homem, o
vínculo com a sua cria é basicamente mental. "O pai se identifica com o
filho quando percebe que conseguiu transmitir a sua carga genética
adiante." Mas, engana-se quem pensa que não existe amor - no quesito
hormonal - do pai para o filho. "Quando o homem se apaixona, é comum que
também libere doses homeopáticas de ocitocina, porém não se compara com o nível
da mulher", diz o especialista.
O amor do pai pode ser menos físico,
porém, é tão intenso quanto o da mãe. O homem possui sentidos mais racionais, e
isso o faz supor que sua função é ficar na guarda da família, mantendo-a
protegida. Assim, enquanto o instinto maternal está, sobretudo, em alimentar,
proteger e agasalhar, o paternal está em resguardar e perpetuar sua carga
genética.
"Reconhecer-se no filho é o que
todo pai almeja. Perceber que os seus jeitos podem ser perpetuados para a
eternidade faz com que ele sinta uma aproximação muito grande com o pequeno,
além de fazer com que se sinta capaz de realizá-lo. Além disso, os valores
também são importantes para o pai. Vê-los no filho causa uma sensação de dever
cumprido", finaliza Dr. Fernando.
Dr
Fernando Gomes - Corresponde médico da TV CNN Brasil
diariamente no Jornal Novo Dia. Há 10 anos o médico atua como comunicador já
tendo passado pela TV Globo por cinco anos como consultor fixo do programa
Encontro com Fátima Bernardes, e por um ano na TV Band no programa Aqui na Band
apresentando o quadro de saúde "E Agora Doutor". É também autor de 8
livros de neurocirurgia e comportamento humano. Professor Livre Docente de
Neurocirurgia, com residência médica em Neurologia e Neurocirurgia no Hospital
das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, é neurocirurgião em hospitais
renomados e também coordena um ambulatório relacionado a doenças do
envelhecimento no Hospital das Clínicas. http://www.fernandoneuro.com.br
/ @drfernandoneuro
Nenhum comentário:
Postar um comentário