Médicos esclarecem os tabus que envolvem a teleconsulta e os possíveis desfechos que um paciente pode encontrar ao realizar uma consulta por vídeo
Se há pouco tempo a
telemedicina era vista como o futuro, hoje já é possível dizer que o serviço é
o presente – uma realidade no Brasil. No entanto, ainda há uma grande barreira
a ser vencida: educar a população para entender que, para casos de baixa
complexidade, a consulta médica por vídeo é a porta de entrada do paciente no
sistema de saúde e não o pronto-socorro. A tecnologia desenvolvida pela Docway somada ao seu método de operacionalização e treinamento
médico voltado a oferecer atendimentos de maneira humanizada e acolhedora,
mostrou ser um canal mais rápido, seguro e tão eficaz quanto um atendimento
médico presencial para estes casos.
Segundo a Agência
Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o tempo de espera no pronto-socorro pode
ser de até duas horas, a depender da classificação de risco do paciente, isso
sem mencionar a alta exposição a outras doenças presentes no ambiente
hospitalar, o deslocamento até o local e o alto custo se comparado à solução do Pronto
Atendimento Digital. Já na telemedicina, o
paciente pode tirar dúvidas e conversar com um médico, receber a melhor
orientação e resolução para sua situação de mostrar uma lesão e receber uma
prescrição digital sem pegar nenhuma fila para ser atendido, sem burocracia, de
onde estiver, sempre que precisar: o serviço está disponível 24h por dia, 7
dias na semana.
“É comum que as
pessoas deixem para resolver um problema de saúde no último instante. E como a
rede de saúde brasileira funciona apenas em horário comercial, os prontos atendimentos
acabam ficando superlotados”, conta Aier Adriano Costa, Médico Responsável
Técnico da Docway, empresa referência em soluções de saúde digital. “A
telemedicina é uma alternativa vital para que os casos graves recebam
atendimento rápido no pronto-socorro, enquanto os casos leves são resolvidos
através das consultas por vídeo”, diz. O médico aponta ainda a eficácia do
modelo de atendimento na prevenção da automedicação e autodiagnóstico. “As
pessoas querem praticidade buscando seus sintomas na internet, mas a
teleconsulta veio para oferecer essa mesma praticidade somada a um conhecimento
técnico embasado, ou seja, é mais segurança e comodidade para o paciente”,
explica.
Segundo a Head
Médica de Operações da Docway, Carolina Pampolha, o principal motivo que afasta
as pessoas da telemedicina é o receio do desconhecido: “O paciente acha que vai
ser algo muito complexo, mas quando percebe que é só clicar em um link, fazer
um teste de áudio e vídeo e já falar com o médico, percebe que é simples e
quebra essa pré-impressão criada”, conta. O medo de perder tempo e não
conseguir resolver a urgência médica através da tela do celular também está
entre as principais preocupações dos brasileiros. “É preciso entender que a
telemedicina é perfeita para um atendimento pontual de baixa complexidade, com
o objetivo de resolver o problema existente naquele momento. Se houver
necessidade de um exame especializado, o médico saberá realizar o encaminhamento”,
afirma.
Aier explica que, em
casos graves, com alto risco de saúde, o médico é capaz de identificar
rapidamente o problema e encaminhar o paciente para um pronto atendimento. Em
casos moderados, o médico faz o atendimento inicial, pode prescrever um
tratamento sintomático ou uma orientação de alívio, e então direcionar para um
exame físico presencial – “não é urgente, mas precisa de uma análise
específica”, diz. Para situações de médio/leve grau, o paciente vai para a
consulta virtual, faz o tratamento inicial e, se houver necessidade de passar
por outro especialista, sem a necessidade de exame, é redirecionado
imediatamente por vídeo. Já os casos simples são resolvidos na própria consulta
por tela, finalizando o atendimento ali mesmo ou, se o médico identificar ser
necessário, ele aciona o acompanhamento de enfermagem – “neste caso, após um
período determinado pelo médico, o enfermeiro responsável entra em contato com
o paciente para verificar se está tudo bem e se existe a necessidade de um novo
atendimento, caso contrário a consulta é encerrada”, detalha.
Pensando em como
continuar oferecendo humanização através da tecnologia, a Docway também oferece
a opção do Fast Track – o médico que realiza a consulta por vídeo pode
encaminhar o paciente para o pronto-socorro mais próximo, já com a triagem
feita, agilizando o atendimento no local. “Essa é uma tecnologia que também
depende da tecnologia do cliente para que possamos integrar os sistemas.
Atualmente, milhões de beneficiários SulAmérica, por exemplo, contam com esse
benefício para os casos de COVID-19”, conta Aier.
Para que a empresa
possa oferecer todos os recursos necessários ao paciente, Aier aponta alguns
protocolos que devem ser seguidos. “Não é um médico inexperiente ou que nunca
atuou com telemedicina que irá realizar o atendimento. Todos os profissionais
passam por validação, supervisão e treinamentos trimestrais para estarem aptos
a atender neste formato”, explica. “A teleconsulta não veio para se transformar
no herói da medicina, sabemos que nem tudo pode ser resolvido virtualmente. Na
grande maioria dos casos temos a resolução por telemedicina, com períodos em
que alcançamos cerca de 95% de resolução em tela. Para os demais casos, que
precisam de outro desfecho, é importante que o paciente saiba que ele não fica
desamparado – ele vai receber o encaminhamento ideal para sua situação de
saúde, seja o direcionando para um especialista, para o pronto-socorro,
solicitando exames, acompanhamento de enfermagem ou até remoção”, finaliza
Aier.
Docway
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