De acordo com a maior entidade de defesa dos consumidores do Brasil e da América Latina, modalidade alivia vários custos elétricos pagos pelos consumidores
A aprovação do Projeto de Lei 5.829/2019, que prevê
a criação de um marco legal para a geração própria de energia no Brasil, em
especial com a fonte solar em telhados e pequenos terrenos, beneficia todos os
consumidores de energia elétrica e ajuda a reduzir as contas de luz no País.
A afirmação é de Henrique Lian, diretor da
Proteste, maior associação de consumidores do Brasil e da América Latina.
Segundo o executivo, a geração própria de energia ajuda a reduzir vários custos
da conta de luz que os consumidores pagam sem saber, entre eles o uso de
termelétricas fósseis e as perdas elétricas.
“A geração própria de energia alivia custos do sistema elétrico brasileiro que
são rateados e pagos por todos os consumidores. Com isso, ela beneficia tanto
os consumidores que têm, quanto os que não têm geração própria”, comenta.
“Atualmente, quando compra eletricidade de uma distribuidora, o consumidor
brasileiro não tem como saber quais fontes de energia elétrica produziram
aquela energia, pois não há esta rastreabilidade. É muito comum que haja termelétricas
fósseis nesse mix e o cidadão nem sabe que está pagando essa energia mais cara
e poluente. Uma maneira do consumidor ter certeza de que está usando energia
limpa e renovável é gerando a sua própria eletricidade”, explica Lian.
Na visão da Proteste, para o Brasil cumprir as suas metas climáticas, precisará
continuar avançando na expansão das energias renováveis. A fonte hidrelétrica
enfrenta dificuldades neste sentido, devido à escassez de água e dificuldades
na aprovação e construção de novas usinas. “Por isso, para continuar crescendo
em renováveis, precisamos de mais energia solar e eólica. A geração própria de
energia é o melhor modelo já que os próprios consumidores assumem este
protagonismo e ainda ajudam a gerar empregos de qualidade, atrair novos
investimentos e movimentar a economia”, ressalta o executivo.
“Adicionalmente, também serão proporcionados pela aprovação do marco legal mais de R$ 23 bilhões de economia sobre perdas elétricas na transmissão, distribuição e geração da energia elétrica em usinas de grande porte, distantes dos locais de consumo. Há ainda diversos outros benefícios, como o alívio da operação do sistema no horário diurno, quando a demanda de energia elétrica no Brasil é maior, a diminuição da necessidade de construção de novas usinas de geração e linhas de transmissão, entre outros”, acrescenta.
No total, mais de 30 instituições representativas apoiam o PL 5.829/2019, que garantirá em lei o direito do consumidor gerar e consumir sua própria eletricidade por meio de fontes limpas e renováveis, incluindo de produtores rurais, de comércio de bens, serviços e turismo, de pequenos negócios e de defesa do consumidor, entre outros.
“A aprovação do PL 5.829/2019, de relatoria do deputado federal Lafayette de Andrada, vai impulsionar a economia com a atração de R$ 139 bilhões de novos investimentos até 2050 e a criação de mais de 500 mil empregos nos próximos três anos”, conclui Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho de Administração da ABSOLAR.
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