Pessoas mais fisicamente ativas têm um risco
entre 17% e 25% menor de desenvolver depressão e ansiedade ao longo da vida,
apontam estudos
Muito
se fala sobre os benefícios da atividade física para o corpo. Mas o que muita
gente ainda não sabe é que a prática de exercícios também é benéfica para a
saúde mental. Estudos anteriores à pandemia já mostravam que pessoas mais
fisicamente ativas têm um risco entre 17% e 25% menor de desenvolver depressão
e ansiedade ao longo da vida1. Da mesma forma, indivíduos que gastam
mais horas do seu dia em comportamento sedentário, como estarem sentados,
deitados ou reclinados, apresentam um risco maior de desenvolver esses
distúrbios2.
Engana-se
quem pensa que é necessário dedicar muito tempo à atividade física para sentir
os benefícios. “Não é só o tempo que importa, mas também a intensidade do
exercício. O que os estudos realizados durante a pandemia têm mostrado é que a
realização de 15 minutos de atividade física mais intensa já está associada a
uma melhora da saúde mental. O mesmo ocorre com 30 minutos de exercícios
moderados. A melhor atividade física é aquela que promove o bem-estar”, explica
o professor de Educação Física da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), e
pesquisador na área de Saúde Mental, Felipe Barreto Schuch.
A
dica para quem está começando a se movimentar é escolher algo que lhe dê
prazer, bem-estar e que a pessoa se identifique. “Não existe uma regra que
sirva para todo mundo, cada pessoa tem a sua atividade preferida”, afirma
Schuch. “O melhor exercício é aquele possível de encaixar dentro do contexto de
cada um. Por isso, a regra é: todo e qualquer movimento conta e ajuda”,
completa.
Além
de praticar alguma atividade física moderada ou intensa, também é recomendável
reduzir o tempo ocioso. A orientação é ficar mais em pé e, quando estiver
sentado ou deitado, levantar-se a cada 30 minutos e fazer movimentos e
alongamentos leves.
A
vida durante a pandemia pode até estar um pouco mais parada, mas isso não
significa que o corpo deva acompanhar esse ritmo. A dica para quem ainda não
começou é ir aos poucos, convidar os amigos por videochamada ou participar de
lives de profissionais habilitados, de preferência em pequenos grupos. No fim
das contas, a melhor atividade física é aquela que faz a pessoa se sentir
bem.
Para
orientar a população em relação à saúde mental de adultos, crianças e
adolescentes, a Upjohn, uma divisão Pfizer, lançou, em parceria com o Instituto
de Ciências Integradas, o Guia de Saúde Mental Pós-Pandemia no Brasil.
Disponível gratuitamente no site www.guiasaudemental.com.br, o guia foi desenvolvido por um time
de especialistas renomados com o objetivo de trazer informações úteis para
profissionais de saúde que não são especialistas em saúde mental e para a
comunidade leiga em geral.
Referências:
- Schuch FB,
Stubbs B, Meyer J, Heissel A, Zech P, Vancampfort D, et al. Physical
activity protects from incident anxiety: a meta‐analysis
of prospective cohort studies. Depress Anxiety. 2019 Jun 17;36(9):846-58.
doi: 10.1002/da.22915.
- Teychenne M,
Costigan SA, Parker K. The association between sedentary behaviour and
risk of anxiety: a systematic review. BMC Public Health. 2015 Jun
19;15(513):1-8. doi: 10.1186/s12889-015-1843-x.
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