Existe um dia dedicado, instituído desde 20021, que tem como objetivo conscientizar a população sobre a importância do diagnóstico preventivo e tratamento; a enfermidade é um dos principais fatores de risco para as doenças cardiovasculares e renais2
Com o objetivo de conscientizar a população sobre
a importância dos cuidados com a saúde e os riscos da doença hipertensiva, foi
criado o Dia Nacional de Combate a Hipertensão Arterial, celebrado em 26 de
abril1. Também conhecida como pressão alta, a enfermidade acomete uma em cada
quatro pessoas adultas, chegando a mais de 50% após os 60 anos e está presente
em 5% das crianças e adolescentes no Brasil3. Por isso, a data marca a luta
contra a doença e traz uma reflexão sobre a sua gravidade.
A doença é caracterizada pela elevação dos níveis
de pressão arterial (PA), acima de 140×90 mmHg (milímetros de mercúrio) - o
primeiro número se refere à pressão máxima ou sistólica, que corresponde à
contração do coração; o segundo, à pressão do movimento de diástole, quando o
coração relaxa2.
Por se tratar de condição frequentemente
assintomática, a enfermidade pode evoluir e afetar órgãos como coração,
cérebro, rins e vasos sanguíneos. Ou seja, a hipertensão arterial é um dos
principais fatores de risco para as doenças cardiovasculares - principalmente o
AVC - e renais2. De acordo com a Sociedade Brasileira de Hipertensão, a doença
já é responsável por 40% dos infartos, 80% dos derrames e 25% dos casos de
insuficiência renal terminal3.
De acordo com o médico neurologista Dr. Gabriel
de Freitas, a detecção e controle da pressão arterial é um ponto básico e
fundamental de qualquer programa de prevenção, especialmente para o AVC,
devendo ser esse o maior foco. "Existe uma relação muito próxima entre as
doenças cardiovasculares e hipertensão. É necessário entender que o nosso
cérebro é, em geral, o órgão que mais sofre as consequências da hipertensão.
Quanto maior o tempo de doença, maior o risco, e quanto maiores os índices
pressóricos, igualmente maiores serão as complicações. Os danos à qualidade de
vida vão depender justamente das áreas cerebrais afetadas - de acordo com o
local, há comprometimentos à fala, à visão, à movimentação e à coordenação dos
braços e das pernas", ressalta o especialista.
Dr. Gabriel ainda comenta que é extremamente
importante estar atento aos sinais de um possível AVC. Sintomas como alteração
da força muscular ou formigamento, principalmente dos braços, pernas ou de um
lado do corpo, assimetria facial, dificuldade na fala e movimentação da língua,
dor de cabeça súbita e intensa sem causa aparente, perda da visão de um olho ou
dos dois, vertigem e desequilíbrio associado a náuseas ou vômitos também podem
indicar a presença de um derrame4. "Portanto, para saber se alguém pode
estar sofrendo um AVC, peça para a pessoa sorrir, repetir uma frase ou cantar
uma música e levantar os braços. Este é um ‘teste’ chamado SAMU - Sorria,
Abrace, Música e Urgente. Caso a pessoa apresente dificuldades nestas tarefas,
ela deve ser levada imediatamente a um hospital", informa o médico.
Obesidade, histórico familiar, estresse e
envelhecimento estão associados ao desenvolvimento da hipertensão. O consumo
exagerado de sal, associados a hábitos alimentares não adequados também podem
colaborar para o surgimento da hipertensão arterial5.
Entre os principais sinais de alerta para
alteração na função de bombeamento do sangue estão a tontura, falta de ar,
palpitações, dor de cabeça frequente e alteração na visão. Entretanto, a
hipertensão geralmente é silenciosa, por isso é importante a medida regular da
pressão arterial5.
A hipertensão arterial não tem cura, mas deve ser tratada
para impedir complicações. Medidas como medir a pressão arterial regularmente,
adotar uma alimentação saudável, praticar atividade física pelo menos 5 dias
por semana, diminuir a ingestão de sal e o consumo de bebidas alcoólicas, não
fumar, controlar o estresse e ter acompanhamento médico são fundamentais para
contribuir no controle da pressão arterial e na diminuição dos riscos de
doenças cardiovasculares6.
Boehringer Ingelheim
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Referências:
1. Presidência da
República. Casa Civil. Lei nº 10.439/2002 . Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10439.htm Acesso em 07 de abril
de 2021.
2- Departamento de
Hipertensão Arterial da Sociedade Brasileira de Cardiologia (DHA-SBC),
Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH), Sociedade Brasileira de Nefrologia
(SBN). Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial - 2020. Disponível em http://abccardiol.org/wp-content/uploads/articles_xml/0066-782X-abc-116-03-0516/0066-782X-abc-116-03-0516.x14831.pdf Acesso em 07 de abril
de 2021.
3 - Sociedade
Brasileira de Hipertensão. Sobre a hipertensão. Disponível em http://www.sbh.org.br/arquivos/hipertensao/. Acesso em 08 de
abril de 2021.
4 -http://www.blog.saude.gov.br/index.php/570-destaques/34434-saiba-quais-sao-os-primeiros-sinais-de-um-avc
5 - Ministério da
saúde. O que é hipertensão. Disponível em http://bvsms.saude.gov.br/ultimas-noticias/2960-26-4-dia-nacional-de-prevencao-e-combate-a-hipertensao-arterial-4 Acesso em 07 de abril
de 2021.
6 - Sociedade Brasileira de Hipertensão.
Perguntas Frequentes. Disponível em http://www.sbh.org.br/arquivos/perguntas-frequentes/
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