(Foto: Jay Fotografia) Shalimar Mattar, professora e pesquisadora
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De acordo com professora, é cada vez mais
comum a procura de pacientes em tratamento
clínico buscarem essa dança como aliada para se livrar da depressão
O famoso dito popular “quem dança
seus males espanta” faz todo o sentido no combate à depressão. A dança do
ventre, por exemplo, conduz a mulher pelo caminho do autoconhecimento,
ampliando a consciência de si mesma e consequentemente contribuindo com a
elevação da autoestima e da confiança. Traz também diversos benefícios à saúde,
por trabalhar todas as partes do corpo, da ponta dos pés ao topo da cabeça, o
que exige um bom trabalho postural e de equilíbrio.
Segundo Shalimar Mattar,
pesquisadora de danças do feminino e autora do livro ‘Círculo Mulher - O
Movimento do Feminino ao Longo da Vida’, aos poucos a mulher que
pratica a dança do ventre se redescobre ou se reconecta com o seu poder interior,
com a sua energia, e assim aprende a melhor maneira de permitir que essas
descobertas passem a conduzir sua vida desse momento em diante.
“A
dança do ventre também massageia os órgãos internos e colabora com a
coordenação e agilidade. Atua no desenvolvimento dos sentidos, fortalece a
feminilidade e combate o stress. Além disso, as aulas são, na maioria das
vezes, em grupos, o que possibilita um convívio social com mulheres que buscam
os mesmos objetivos. Desta forma, todas se sentem livres para exteriorizar seus
sentimentos e pensamentos, e se entregam às aulas, proporcionando mais alegria
e satisfação”, diz a especialista, que dirige o Estúdio Shalimar
Danças em São Paulo, e também organiza anualmente o maior festival
de danças orientais do mundo – o Mercado Persa,
que acontece sempre no mês de abril na capital paulista.
O
acolhimento de quem pretende dançar para se livrar da depressão acontece já no
primeiro dia de aula. “Sempre com muito carinho e respeito pela
individualidade. Os grupos valorizam as características pessoais e objetivos de
cada aluna. Em uma mesma sala de aula você pode ter alunas com as mais
diferentes características, mas todas são mulheres em busca da felicidade e
equilíbrio interior - e esse é o foco!”, esclarece Shalimar, que é
professora, coreógrafa e bailarina de dança do ventre há mais de 25 anos.
De
acordo com a professora, devido a depressão ser um mal do século, é cada vez
mais comum a procura de pacientes em tratamento clínico buscarem essa dança
como aliada para ajudar na cura da doença. “Recebemos mulheres na escola com
essa indicação, e o mais interessante é que a maioria quer continuar praticando
mesmo após superarem a depressão”, explica.
E se
engana que a dança do ventre é mais procurada só por mulheres mais novas.
Qualquer pessoa que esteja em boas condições de saúde e com liberação médica,
pode praticar independentemente da idade. A prática é altamente recomendada na
terceira idade e a busca desse público por aulas é crescente.
Já
as mulheres mais tímidas e que se sentem inseguras com o corpo, não tem
desculpa para deixar de praticar, pois podem escolher os figurinos que mais
combinam com o seu estilo. “A dança do ventre, provavelmente, é um dos
estilos de dança que possui a maior variedade de modelos de figurinos e
acessórios. Caso a mulher não queira mostrar as pernas, ela pode dançar com
saia longa e fechada. Quer esconder os braços? Também pode cobrir com enfeites,
mangas e luvas. Não quer decotes? Ok. Quer cobrir a barriga? Também tem
alternativas. Enfim, é uma dança extremamente rica e muito democrática. Pode
usar calças, macacão, camiseta, top, o que preferir”, finaliza Shalimar.
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