Com alta prevalência no Brasil, atingindo mais de 30 milhões de
brasileiros, segundo o Ministério da Saúde, a hipertensão não recebe a atenção
que merece diante da sua gravidade. De acordo com o cardiologista do Hospital
Edmundo Vasconcelos, Lucas Velloso Dutra, muitas pessoas ainda se medicam
apenas quando há o registro de aumento da pressão e ignoram o tratamento
contínuo.
Essa tática, comentada pelo especialista, não traz benefícios à saúde e
pode piorar o quadro do paciente. "A hipertensão, por ser uma doença
crônica, deve ser tratada de forma contínua a fim de se ter um controle pleno.
Apenas tratar por demanda aumenta mais as chances de desenvolver consequências
graves ao organismo, como AVC e infarto", explica.
A importância de controle da doença vai além de evitar esses dois
problemas. A lista de riscos desenvolvidos pela pressão alta ainda envolve a
perda de função de diferentes órgãos, como os rins. Dutra lembra que a
enfermidade é um fator de risco para o surgimento de doenças arteriais
periféricas, coronárias e também da insuficiência renal.
Considerada uma doença silenciosa, ou seja, sem sintomas aparentes, é
preciso atenção redobrada nas formas de prevenção, que incluem acompanhamento
médico, prática de atividade física, alimentação saudável, controle do
diabetes, não fumar e evitar estresse.
O cardiologista aconselha
também a aferição da pressão de forma rotineira, a fim de manter o controle em
dia. Porém, é bom ter em mente que essa prática deve ser realizada em momentos
específicos, evitando qualquer interferência. "Para a aferição ser mais
precisa é importante que a pessoa esteja calma, em um lugar sem barulho",
conclui.
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