quarta-feira, 24 de abril de 2019

Dança do Ventre ajuda a elevar a autoestima




  (Foto: Jay Fotografia) Shalimar Mattar, professora e pesquisadora


 

De acordo com professora, é cada vez mais comum a procura de pacientes em  tratamento clínico buscarem essa dança como aliada para se livrar da depressão


O famoso dito popular “quem dança seus males espanta” faz todo o sentido no combate à depressão. A dança do ventre, por exemplo, conduz a mulher pelo caminho do autoconhecimento, ampliando a consciência de si mesma e consequentemente contribuindo com a elevação da autoestima e da confiança. Traz também diversos benefícios à saúde, por trabalhar todas as partes do corpo, da ponta dos pés ao topo da cabeça, o que exige um bom trabalho postural e de equilíbrio.

Segundo Shalimar Mattar, pesquisadora de danças do feminino e autora do livro ‘Círculo Mulher - O Movimento do Feminino ao Longo da Vida’, aos poucos a mulher que pratica a dança do ventre se redescobre ou se reconecta com o seu poder interior, com a sua energia, e assim aprende a melhor maneira de permitir que essas descobertas passem a conduzir sua vida desse momento em diante.

“A dança do ventre também massageia os órgãos internos e colabora com a coordenação e agilidade. Atua no desenvolvimento dos sentidos, fortalece a feminilidade e combate o stress. Além disso, as aulas são, na maioria das vezes, em grupos, o que possibilita um convívio social com mulheres que buscam os mesmos objetivos. Desta forma, todas se sentem livres para exteriorizar seus sentimentos e pensamentos, e se entregam às aulas, proporcionando mais alegria e satisfação”, diz a especialista, que dirige o Estúdio Shalimar Danças em São Paulo, e também organiza anualmente o maior festival de danças orientais do mundo – o Mercado Persa, que acontece sempre no mês de abril na capital paulista.

O acolhimento de quem pretende dançar para se livrar da depressão acontece já no primeiro dia de aula. “Sempre com muito carinho e respeito pela individualidade. Os grupos valorizam as características pessoais e objetivos de cada aluna. Em uma mesma sala de aula você pode ter alunas com as mais diferentes características, mas todas são mulheres em busca da felicidade e equilíbrio interior - e esse é o foco!”, esclarece Shalimar, que é professora, coreógrafa e bailarina de dança do ventre há mais de 25 anos.

De acordo com a professora, devido a depressão ser um mal do século, é cada vez mais comum a procura de pacientes em tratamento clínico buscarem essa dança como aliada para ajudar na cura da doença. “Recebemos mulheres na escola com essa indicação, e o mais interessante é que a maioria quer continuar praticando mesmo após superarem a depressão”, explica.

E se engana que a dança do ventre é mais procurada só por mulheres mais novas. Qualquer pessoa que esteja em boas condições de saúde e com liberação médica, pode praticar independentemente da idade. A prática é altamente recomendada na terceira idade e a busca desse público por aulas é crescente.

Já as mulheres mais tímidas e que se sentem inseguras com o corpo, não tem desculpa para deixar de praticar, pois podem escolher os figurinos que mais combinam com o seu estilo. “A dança do ventre, provavelmente, é um dos estilos de dança que possui a maior variedade de modelos de figurinos e acessórios. Caso a mulher não queira mostrar as pernas, ela pode dançar com saia longa e fechada. Quer esconder os braços? Também pode cobrir com enfeites, mangas e luvas. Não quer decotes? Ok. Quer cobrir a barriga? Também tem alternativas. Enfim, é uma dança extremamente rica e muito democrática. Pode usar calças, macacão, camiseta, top, o que preferir”, finaliza Shalimar.






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