Foi instituído
em 26 de abril o Dia de Prevenção e Combate à Hipertensão, doença crônica que
atinge um em cada quatro brasileiros. Apesar da alta incidência, o problema
ainda gera muitas dúvidas entre a população. Para ajudar a conscientizar as
pessoas sobre os cuidados básicos que podem ajudar a evitar esse tipo de
problema, além de outras doenças mais graves que podem ser decorrentes da
hipertensão, o Dr. Lucas Silva Possebon, especialista em cirurgia cardiovascular
da SulAmérica, esclarece alguns dos principais mitos e verdades relacionados ao
tema.
Adotar hábitos
de vida saudáveis, como uma boa alimentação e a prática de atividades físicas
com regularidade, contribui para manter a pressão arterial a níveis mais
baixos.
Verdade! Adotar hábitos de vida saudáveis desde a infância e a
adolescência reduz as chances de desenvolver hipertensão. Para evitar o
problema no futuro, além de outras doenças cardiovasculares, recomenda-se uma
ingestão controlada de sódio e de álcool, assim como evitar o tabagismo. A
prática de atividades físicas também é muito importante para reduzir o risco de
hipertensão. Cerca de 30 minutos de atividade moderada durante cinco dias na
semana já é suficiente. E vale lembrar que evitar o sedentarismo ajuda a
controlar não só a pressão arterial, mas também a prevenir outros problemas de
saúde.
O histórico
familiar pode influenciar no desenvolvimento da hipertensão.
Verdade! O fator genético tem contribuição importante no desenvolvimento
da hipertensão, embora ainda não existam variantes genéticas para que os
médicos possam predizer o risco de determinada pessoa desenvolver o problema.
Vale ressaltar, no entanto, que essa predisposição associada a fatores
ambientais, como a qualidade da alimentação do indivíduo, tende a contribuir de
forma mais incisiva para o surgimento da hipertensão arterial.
Se eu não apresento sintomas de
hipertensão, então significa que não tenho o problema.
Mito! A hipertensão é uma doença silenciosa e,
quando os sintomas se manifestam, normalmente é um sinal de que o quadro já
está agravado, ou seja, a pessoa pode ter desenvolvido alguma doença mais séria
como consequência da pressão alta. De
acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia, apenas um em cada cinco
adultos mantém a pressão arterial sob controle.
Determinados
grupos populacionais têm maior probabilidade de desenvolver hipertensão.
Verdade! Entre esses grupos está a população idosa. Estudos mostram que
75% das pessoas com mais de 70 anos têm hipertensão arterial, por exemplo. Isso
ocorre devido a alterações nas paredes dos vasos, como a calcificação e o
endurecimento das artérias, decorrentes do próprio envelhecimento, que
favorecem o aumento da pressão arterial. Além disso, alguns estudos já
apontaram que pessoas negras também têm uma maior probabilidade de desenvolver
hipertensão, embora ainda não se saiba qual o gene que contribuiu para isso.
Pessoas obesas
são mais propensas à hipertensão.
Verdade! O excesso de peso é associado a uma maior prevalência de
hipertensão independentemente da idade. Se a pessoa ganha 2,5kg de gordura, ela
já tem maior risco de desenvolver a doença. Vale alertar que o acúmulo de
gordura na barriga, bastante comum entre a população brasileira, também está
diretamente associado à hipertensão.
Dormir bem ajuda a controlar a
pressão arterial.
Verdade! Durante a fase profunda do sono são produzidos alguns
hormônios que atuam diretamente na regulação da pressão arterial. Então, se o
indivíduo dorme mal, ele pode ter uma menor produção desses hormônios, e isso
vai acarretar em um maior risco de desenvolver doenças cardiovasculares.
Hipertensão tem cura.
Mito! A hipertensão não tem cura, porém mudanças
no estilo de vida são recomendadas não só para a prevenção, mas por também
reduzirem a probabilidade de problemas maiores decorrentes da pressão alta.
Mesmo depois que o paciente já toma remédio, a associação do tratamento
medicamentoso com o não medicamentoso - ou seja, a adoção de hábitos saudáveis
- é benéfica.
O estresse contribui para
elevar a pressão arterial.
Verdade! O estresse participa tanto do desencadeamento quanto da
manutenção da hipertensão arterial, ou seja, a pessoa tanto pode desenvolver
pressão alta por conta de situações estressantes ou, caso já tem um quadro de
hipertensão, pode agravá-lo. Diferentes técnicas de controle do estresse e seu
impacto na redução da pressão arterial têm sido estudadas, entre elas a
meditação e musicoterapia. Embora ainda não esteja comprovada uma associação
dessas atividades com uma menor probabilidade de hipertensão, o certo é que
evitar se estressar faz toda a diferença para uma melhor qualidade de vida.
A hipertensão pode aumentar o
risco de outras doenças, como infarto e AVC.
Verdade! A hipertensão é associada frequentemente a alterações
funcionais ou estruturais de órgãos como coração, cérebro, rins e vasos
sanguíneos, aumentando o risco de infarto, Acidente Vascular Cerebral (AVC) e
doenças renais. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia, a hipertensão
contribui direta ou indiretamente para 50% das mortes relacionadas a
complicações cardíacas.
A SulAmérica disponibiliza conteúdos sobre
este e outros temas de saúde e bem-estar por meio do site do Programa Saúde
Ativa (www.sulamerica.com.br/saudeativa), que tem o objetivo de incentivar a adoção de hábitos de vida
mais saudáveis, prevenindo doenças e proporcionando uma melhor qualidade de
vida.
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