De acordo com
estimativas da Corall, menos de 20% das organizações têm consciência de que
espiritualidade é importante dentro das empresas
Há empresas que elaboram planejamentos
estratégicos, definem metas de equipe... mas nada sai do papel. Reuniões de projetos
são agendadas diversas vezes e jamais ocorrem. A rotatividade de funcionários é
alta mesmo com salários e benefícios acima da média de mercado. Na visão da
empresa Corall, situações como essas não são frutos do acaso e podem carregar
razões ainda inconscientes para que elas ocorram. Muitas vezes esses movimentos
podem estar ancorados no campo da espiritualidade das empresas - aquilo que se
sente mas não se vê.
Estima-se que menos de 20% das empresas tenham
consciência de sua espiritualidade, sendo que o tema ainda é considerado um
tabu em grande parte das organizações. Para a Corall, espiritualidade é um
termo amplo usado para determinar muito do que a ciência exata ainda não
consegue explicar e não está necessariamente ligado à religião. A espiritualidade
também possui tendência a influenciar temas como cultura e valores
organizacionais, pois é um assunto subjetivo e metafísico, que culturalmente
foi deixado de lado por muito tempo.
De qualquer forma, assumida ou não, a
espiritualidade está presente no dia a dia de todas as empresas. Muitas das
respostas que as empresas buscam não são evidentes e estão na esfera
espiritual. “A espiritualidade em uma organização está ligada a aceitar a
nossa ignorância sobre muitas questões, ou seja, assumir que não compreendemos
e não conseguimos mapear e dominar todas as informações disponíveis em um
ambiente”, explica Marcio Svartman, sócio da Corall.
Com isso, no processo de reconhecimento da
espiritualidade, é importante que as empresas tenham consciência também que,
para evoluir do lugar que estão para o que almejam, algo precisa literalmente
morrer e dar lugar ao novo. “É importante permitir-se mudar e incluir novos
movimentos que não estavam nos planos, até porque o próximo movimento é sempre
desconhecido e decorrente do anterior. Seguir sempre agendas de trabalho pode
engessar a evolução de uma organização”, complementa Ney Silva, sócio da
Corall.
Menos metodologia e mais acolhimento
Além de confundirem espiritualidade com religião,
as empresas geralmente estão habituadas a seguirem metodologias e respostas
precisas para cada ação. “O mundo corporativo está repleto de modelos
cartesianos e mecanicistas, em que o costume é seguir procedimentos lineares e
sequenciais. Porém, no contexto que vivemos, esse formato é cada vez menos
adequado, pouco eficiente e bloqueia processos evolutivos”, comenta Marcio.
A espiritualidade está integrada em cada etapa dos
processos de evolução corporativa orientada pela Corall e que aumentam as
possibilidades de potencializar os resultados. Cada momento dessa evolução é
único e intangível. O que serve para uma companhia, não necessariamente serve
para outra. Segundo Ney, as empresas não evoluem quando seguem no piloto
automático, então é vital aceitar e o acolher a espiritualidade, bem como
respeitar que cada acomodação tem um porquê de existir.
Para a Corall, conectar-se com o campo espiritual
durante a execução de um trabalho é fundamental, e por isso o trabalho demanda
presença e fundamenta-se no fluxo disponível. “É no estado de presença
que temos maior audição para o que as pessoas e seus ecossistemas estão
dizendo. É esse estado que nós da Corall acreditamos que seja fundamental para
que uma empresa evolua. Só assim podemos nos conectar com espiritualidade”,
conclui Ney.
Corall
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