Nutricionista alerta sobre os perigos dos
alimentos industrializados
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), nos últimos 15
anos, a quantidade de açúcar na composição dos alimentos processados dobrou.
Nunca se consumiu tanto açúcar como ultimamente. Os dados mostram que, entre
sachês, colheradas e alimentos industrializados, o brasileiro consome
diariamente cerca de 150 gramas de açúcar. A recomendação da OMS é de 25 gramas
por dia, algo em torno de seis colheres de chá.
Já está mais do que provado que o excesso de açúcar e a má
alimentação estão diretamente ligados a desequilíbrios na saúde, como alteração
no sangue, nos níveis de colesterol e triglicérides, que estão associados
diretamente às doenças cardiovasculares. Além do aumento dos níveis de glicose,
associados à resistência insulínica e diabetes, alterações nos níveis de
pressão arterial, acúmulo de gordura que levam à obesidade, além de alguns
tipos de câncer.
A nutricionista da Clínica Ana Carolina Sumam, Adriana Magalhães,
ressalta que o alerta vale para todos, até mesmo para quem está em dia com a
balança.
“Estudos evidenciam que a carga glicêmica elevada pode aumentar em
até 17% o risco de doenças cardiovasculares. Os alimentos industrializados são
os principais vilões para o consumo exagerado do açúcar, muitas vezes extraídos
da cana de açúcar, da beterraba ou do milho”, diz.
A quantidade de açúcar presente nos alimentos industrializados
está associada a altas concentrações de nutrientes inflamatórios, conhecidos
como mediadores do processo de aterosclerose, que também é a chave para o
desenvolvimento de doenças cardiovasculares.
De acordo com a nutricionista, tentar excluir totalmente o açúcar
da alimentação é algo difícil. Ele está presente em vários alimentos de forma
oculta, principalmente nos produtos industrializados. O sabor salgado engana,
mas o açúcar está lá: no pão, nos molhos prontos, sopas, biscoitos, ketchup,
entre outros.
“Para não ultrapassar os níveis seguros de consumo, o ideal é
educar o paladar e não consumir bebidas e alimentos ainda muito doces. Fica
cada vez mais evidente que uma alimentação rica em frutas, verduras,
legumes e cereais integrais trazem enormes benefícios à saúde”, orienta
Adriana.
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