Diante destes números, é natural que as pessoas
tenham muitas preocupações em relação à doença, porém este receio faz com que o
câncer seja um tema sempre atrelado a mitos. Atualmente, ferramentas de busca
online e compartilhamento de mensagens por aplicativos são verdadeiros
proliferadores das chamados fake news da saúde e, a única forma de combater
notícias sem embasamento científico, é munindo as pessoas com informação.
A conscientização sobre o câncer é a melhor ferramenta
para o combate e diagnóstico precoce de tumores malignos. Para ajudar nesta
missão, especialistas do Centro Paulista de Oncologia (CPO) – unidade de São
Paulo do Grupo Oncoclinicas, esclarecem uma série de mitos sobre a doença.
Confira:
Mamografia realizada anualmente aumenta o risco de
mulheres desenvolverem tumores malignos
Este é um boato recorrente, e, com as redes sociais
ganhou ainda mais força nos últimos anos. Recentemente, uma nova onda de fake
News invadiu grupos de WhatsApp por conta de um vídeo que passou a circular e
que supostamente trazia dados comprovando que a realização anual do exame
aumentaria o risco de mulheres desenvolverem tumores malignos.
Todos os anos cerca de 60 mil brasileiras recebem o
diagnóstico de câncer de mama. Este é o segundo tipo de tumor que mais atinge
as mulheres, ficando atrás apenas do câncer de pele não melanoma. "Apesar
do diagnóstico gerar preocupação, é preciso ressaltar que a doença tem
tratamento e que as chances de recuperação total das pacientes quando o
diagnóstico é feito de forma precoce supera a marca de 95% dos casos",
explica o médico Daniel Gimenes.
A principal ferramenta para que isso seja possível
é a mamografia, um exame que deve ser realizado anualmente a partir dos 40 anos
e consegue detectar um nódulo antes mesmo que ele se torne palpável. O
ultrassom também deve ser realizado em conjunto para complementar possíveis
alterações encontradas na mamografia.
Tumor reincidente não tem cura
Tudo depende essencialmente do tipo e do estágio
desse tumor. Quanto mais cedo for feito o diagnóstico, mais chances de o
tratamento ter sucesso. "Quando descoberto tardiamente, podem surgir
diversas complicações mesmo após a doença ter sido tratada. Por isso, é
fundamental analisar cada caso individualmente", explica o médico Marcelo
Aisen.
Ingerir adoçantes causa câncer
Há muitos anos o adoçante gera desconfiança em
relação à segurança na saúde de quem opta por utilizá-los e por isso há ainda
quem prefira a ingerir o açúcar. "Estudos antigos realizados em ratos
utilizando altas quantidades de adoçantes com ciclamato mostraram que de fato
causavam câncer. Porém, análises atuais feitas com outros tipos de adoçantes
não foram capazes de confirmar essa associação", esclarece Aisen.
O câncer antes dos 30 anos é 100% hereditário
O câncer hereditário se manifesta predominantemente
em pacientes com menos de 50 anos, entretanto só 10% dos cânceres são
hereditários enquanto os outros 90% tem relação com o estilo de vida.
"Conhecer o histórico familiar é essencial, mas é preciso também ter
cuidado com hábitos do cotidiano. Alimentação saudável, prática de exercícios
físicos, a ingestão controlada de bebidas alcoólicas são algumas atitudes que
podem prevenir o desenvolvimento do câncer antes dos 30 anos", comenta
Daniel Gimenes.
Toda mulher que contrai HPV terá câncer
O vírus do HPV é a principal causa do
desenvolvimento do câncer uterino. Porém, existem 40 tipos de vírus e nem todos
levam à doença. "Para que esse tipo de câncer surja, há outros fatores
associados, como baixa imunidade, tabagismo, múltiplos parceiros sexuais",
explica Gimenes.
Refrigerante pode causar tumores
Não é novidade que o consumo de bebidas açucaradas
como o refrigerante faz mal à saúde. Médicos e nutricionistas sugerem,
inclusive, que o consumo desse tipo de produto seja abandonado para que a
pessoa tenha uma qualidade de vida melhor e a chance de ter diversos tipos de
doenças seja menor. Porém, muito tem se falado que além da obesidade, diabetes
e doenças cardiovasculares, o refrigerante também causa câncer.
"O refrigerante não tem ligação direta com a
doença. Mas, é preciso ressaltar que o consumo desse tipo de bebida pode levar
a outros tipos de problemas de saúde que aí sim podem levar ao surgimento do
câncer como é o caso da obesidade, que está ligada a pelo menos 13 tipos de
câncer", salienta Aisen.
Hipotireoidismo ou hipertireoidismo são sintomas do
câncer de tireoid
A tireoide é uma glândula que produz hormônios
responsáveis por diversas atividades no corpo humano e fica localizada na parte
anterior do pescoço, abaixo da região conhecida como "pomo de Adão".
A secreção aumentada deles provoca o hipertireoidismo enquanto a secreção
diminuída o hipotireoidismo. "O aparecimento de nódulos não significa que
é de fato um câncer. Em 90% dos casos, os nódulos identificados são benignos,
ou seja, não é câncer. O recomendável é que em caso de anormalidade a pessoa
busque ajuda médica para investigação", fala Aisen.
Ingestão de leite pode causar câncer ou prejudicar
o tratamento de um paciente oncológico
A ingestão do leite é constantemente alvo de
debates entre especialistas e também por consumidores. Conhecido como uma ótima
alternativa para a prevenção da osteoporose, o leite também é associado ao
surgimento do câncer. "Não existem estudos que comprovem a relação direta
na causa de tumores. Porém, a alta ingestão é associada a algumas doenças que
podem aumentar o risco do surgimento do câncer, como é o caso da obesidade, por
exemplo," explica Gimenes.
Implantes de silicone podem causar câncer de mama
O câncer de mama é uma doença que acomete a
glândula mamária, sobretudo os dutos e lóbulos. Porém, as próteses de silicone
são vistas para alguns como um fator para o surgimento da doença. Apesar de ser
uma questão levantada há anos, estudos comprovaram não haver relação entre o
uso de próteses com o câncer de mama. "A recomendação é que tanto as
mulheres com implantes quanto as que não possuem mantenham a avaliação
periódica e realizem os exames para monitoração", enfatiza Gimenes.
Depilação a laser ou com luz pulsada podem ser
fatores para surgimento do câncer de pele
Estes tipos de procedimentos acabam gerando grande
dúvida porque as pessoas confundem os métodos utilizados com os raios
ultravioletas e Raio-X. Os raios que representam de fato um riscos à saúde, como
os emitidos pelo sol, são capazes de atingir camadas mais profundas no corpo e
não têm um critério de destruição prejudicando o tecido. "A luz emitida
nesse tipo de procedimento não penetra nas camadas mais profundas. Em casos de
pessoas que desejam fazer depilação com laser em áreas com pintas, o
dermatologista deve ser consultado antes da aplicação", finaliza Aise
Sobre o CPO
Fundado há mais de três décadas pelos oncologistas
clínicos Sergio Simon e Rene Gansl, o Centro Paulista de Oncologia CPO - Grupo
Oncoclínicas, oferece cuidado integral e individualizado ao paciente
oncológico. Com um corpo clínico com mais de 50 oncologistas e hematologistas e
uma capacitada equipe multiprofissional com psicólogos, nutricionistas,
farmacêuticos, enfermeiros e reflexologistas. Oferece consultas médicas
oncológicas e hematológicas, aplicação ambulatorial de quimioterápicos,
imunobiológicos e medicamentos de suporte, assistência multidisciplinar
ambulatorial, além de um serviço de apoio telefônico aos pacientes 24 horas por
dia e acompanhamento médico durante internações hospitalares.
O CPO possui a acreditação em nível III pela
Organização Nacional de Acreditação (ONA) e a Acreditação Canadense Diamante
(Accreditation Canada), do Canadian Council on Health Services Accreditation, o
que confere ao serviço os certificados de "excelência em gestão e
assistência" e qualifica a instituição no exercício das melhores práticas
da medicina de acordo com os padrões internacionais de avaliação. A instituição
possui uma parceria internacional com o Dana Farber Institute / Harvard Cancer
Center, que garante a possibilidade de intercâmbio de informações entre os
especialistas brasileiros e americanos, bem como discussão de casos clínicos.
Além disso, ainda, proporciona a educação médica continuada do corpo clínico do
CPO, com aulas, intercâmbios e eventos com novidades em estudos e avanços no
tratamento da doença. Atualmente o CPO possui duas unidades de atendimento em
São Paulo, nos bairros de Higienópolis e Vila Olímpia.
Grupo
Oncoclínicas
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