Em 2017, uma média de 6,4 milhões de brasileiros acima de 18 anos
sofriam com a doença
Dados revelados pela Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), realizada
pelo Ministério da Saúde, apontam que, em 2017, uma média de 6,4 milhões de
brasileiros acima de 18 anos sofriam de asma. As informações são de que as
mulheres são as mais acometidas pela doença. Cerca de 3,9 milhões delas
afirmaram ter diagnóstico da enfermidade contra 2,4 milhões de homens. Em
virtude desses números e também dos perigos que esta doença pode causar,
comemora-se no dia 07 de maio, o Dia Mundial da Asma.
A data é uma oportunidade para que mais pessoas se conectem com o
perigo real da doença e procurem atendimento. “Em resumo, a asma é uma
inflamação crônica das vias aéreas. Os sintomas podem variar muito de pessoa
para pessoa. Em épocas mais frias e com baixa umidade do ar, os sintomas são
mais frequentes”, explica o pneumologista e pediatra do Hospital Felício Rocho,
Dr. Wilson Rocha Filho.
Dr. Wilson acrescenta ainda, que a doença quando envolve crianças
a atenção deve ser redobrada. Nem sempre o diagnóstico e asma pode ser feito
com precisão antes dos 3 anos de idade. Isso porque as crises de chieira podem
ocorrer por diversos motivos até esse período. Diagnósticos equivocados e
tratamentos desnecessários são frequentes nesta faixa etária. “O diagnóstico de
asma é mais preciso por volta dos cinco anos de idade. Por isso, nesse período
de incerteza, a atenção com a criança precisa ser maior”, pondera.
Independentemente da idade, os sintomas são muito característicos.
Tosse seca, chiado no peito, dificuldade para respirar, respiração rápida e
curta, desconforto torácico e até mesmo a ansiedade. Isso sem mencionar algumas
complicações que a doença pode causar, tais como a capacidade reduzida de se
exercitar ou fazer outras atividades, insônia, sequelas pulmonares permanentes
e internações frequentes.
Cerca de 80% das pessoas com asma, ainda segundo o Ministério da
Saúde, apresentam sintomas quando em contado com substâncias transportadas pelo
ar. Ácaros, poeira, poluição, pólen, mofo, pelos de animais e fumaça de
cigarro são alguns exemplos. Também há risco no contato com substâncias
químicas como tinta, desinfetantes e produtos de limpeza. “Ao serem inalados,
esses agentes irritam os brônquios, levando a uma crise. Além disso, infecções
virais também podem desencadear uma crise de asma”, conta Dr. Wilson.
O tratamento da asma não é uma tarefa fácil. A começar pelo
diagnóstico que deve ser preciso, para que exageros médicos não sejam
acometidos. “É muito comum receitar antibióticos por confundir a asma com a
pneumonia. Esses procedimentos são desnecessários e podem causar efeitos
colaterais”, esclarece o médico.
Ao falar de asma é importante descrever alguns fatores de risco.
Características genéticas, por exemplo, devem ser notadas. Pessoas com casos de
alergias na família têm maior predisposição genética para desenvolver quadros
alérgicos. A obesidade também é considerada um fator de risco.
Por fim, o tratamento. “O ideal é trabalhar a prevenção para
impedir que exacerbações aconteçam. É importante usar de forma regular as medicações
preventivas que diminuem as crises de asma. O recomendado é que logo após o
diagnóstico, o paciente inicie imediatamente o tratamento ”, conclui Dr.
Wilson.
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