Hoje o Brasil
tem mais de 27 milhões de pessoas com 60 anos ou mais, segundo dados do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Estima-se que, em 2030,
o país terá a quinta população mais idosa do mundo. Com isso, cresce a
incidência das chamadas doenças da idade, como o Mal de Parkinson - em todo o
mundo, a doença acomete 550 a cada 100 mil pessoas aos 70 anos - e a
necessidade de diagnóstico e tratamento precoces, com o intuito de melhorar a
qualidade de vida.
Nesse intuito, a bióloga brasileira formada pela Universidade de Brasília (Unb) Tainá Macherini Marques, 31 anos, atestou que a proteína neurofilamento (NFL), a qual é produzida no cérebro, pode ser usada como biomarcador para auxiliar o diagnóstico utilizando amostras de sangue.
“O Parkinson é a segunda doença neurodegenerativa mais comum em idosos. Porém, no começo do desenvolvimento, os sintomas são os mesmos de outras doenças neurodegenerativas, que chamamos de doenças parkinsonianas, e isso implica, por exemplo, na escolha do melhor tratamento. Então, nós temos esse problema seríssimo do diagnóstico”, explica Tainá.
Segundo a pesquisadora, normalmente, o paciente pode ser diagnosticado quando já está com um grau avançado da doença, quando apresenta sintomas motores, como dificuldade em andar e tremor: “Nem sempre o médico que examina é um especialista e prescreve medicação. Mas, dependendo da dosagem de medicamentos que dará para Parkinson, sendo outra doença, pode prejudicar o paciente”.
Nesse intuito, a bióloga brasileira formada pela Universidade de Brasília (Unb) Tainá Macherini Marques, 31 anos, atestou que a proteína neurofilamento (NFL), a qual é produzida no cérebro, pode ser usada como biomarcador para auxiliar o diagnóstico utilizando amostras de sangue.
“O Parkinson é a segunda doença neurodegenerativa mais comum em idosos. Porém, no começo do desenvolvimento, os sintomas são os mesmos de outras doenças neurodegenerativas, que chamamos de doenças parkinsonianas, e isso implica, por exemplo, na escolha do melhor tratamento. Então, nós temos esse problema seríssimo do diagnóstico”, explica Tainá.
Segundo a pesquisadora, normalmente, o paciente pode ser diagnosticado quando já está com um grau avançado da doença, quando apresenta sintomas motores, como dificuldade em andar e tremor: “Nem sempre o médico que examina é um especialista e prescreve medicação. Mas, dependendo da dosagem de medicamentos que dará para Parkinson, sendo outra doença, pode prejudicar o paciente”.
Reconhecimento
Em março, a bióloga publicou um artigo fruto de sua pesquisa na Neurology, um dos periódicos mais conceituados na área. Na revista, juntamente com outros participantes, ela detalha o estudo, em que analisou amostras de sangue, de líquido cefalorraquidiano e avaliação clínica de pacientes, acompanhados pelo grupo nos últimos 12 anos.
“Nesse período, pacientes idosos com doenças motoras com diagnóstico incerto foram incluídos no nosso estudo e as amostras foram coletadas. Ao final, receberam o diagnóstico clínico final, e então eu quantifiquei a proteína NFL em amostras de sangue. Nosso estudo mostrou que pacientes com doenças parkinsonianas têm a concentração elevada de NFL, quando comparada com pacientes com Mal de Parkinson e controles. A nossa acurácia de identificação foi de 91%”, complementa ela.
Bolsista
Tainá que vive em Nijmegen, na Holanda, é bolsista do programa Ciência sem Fronteiras, do governo brasileiro, pela qual desenvolve sua pesquisa na Radboud University Medical Center, junto ao grupo de pesquisadores ao qual é vinculada no país: “Pensando na situação precária de saúde do Brasil, se a gente tiver disponível um exame de diagnóstico precoce para o paciente de Parkinson, seria muito melhor”, defende ela, que complementa dizendo que alguns estudos mostram que ainda há alta a taxa do diagnóstico incorreto mesmo entre especialistas.
Na expectativa para a conclusão do doutorado, Tainá também trabalha em novas amostras de pacientes e tem esperança que outros grupos de pesquisa do mundo possam validar os achados, para serem futuramente utilizados na clínica: “A nossa qualidade de vida é melhor que de nossos bisavôs. Mas a gente tem cada dia mais pessoas atingidas, daí a importância do diagnóstico do Parkinson e de outras doenças da idade”, conclui.
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