Médica do Seconci-SP esclarece dúvidas comuns sobre sintomas,
incidência e tratamento da doença
No próximo domingo, 29/10, é comemorado o Dia Mundial da
Psoríase, estabelecido em 2004 pela Organização Mundial de Saúde para difundir
informações sobre a doença e melhorar a qualidade de vida dos portadores. A
dermatologista do Seconci-SP
(Serviço Social da Construção) Marli Manini
aproveita a data para esclarecer mitos e verdades a respeito da enfermidade,
que acomete cerca de 2% da população mundial.
ü Psoríase
é contagiosa
MITO. Trata-se de uma doença
crônica inflamatória da pele, autoimune e não contagiosa.
ü A
doença se manifesta por meio de lesões avermelhadas e descamativas, normalmente
em placas
VERDADE. Essas placas aparecem,
em geral, no couro cabeludo ou em locais de atrito como cotovelos e joelhos.
Mas há também uma forma conhecida como “gotada” por apresentar lesões pequenas
e arredondadas, que aparece normalmente depois da ocorrência de infecção das
vias respiratórias superiores.
ü Psoríase
não tem cura
VERDADE. O tratamento visa
controlar a doença que, em alguns casos, pode ficar anos sem manifestar. A
única forma que pode ter cura é psoríase “gotada”.
ü A
doença não se manifesta em crianças
MITO. Manifesta-se mais
frequentemente na segunda e na quinta décadas de vida, mas em 15% dos casos
pode aparecer ainda na infância.
ü A
exposição ao sol é benéfica para o portador de psoríase
VERDADE. A fototerapia faz parte
do tratamento e, assim como os raios solares, contém radiação UVA e UVB. Mas os
pacientes que não têm acesso a esse tipo de tratamento podem substituí-lo por
exposição ao sol com moderação – de 10 a 15 minutos por dia.
ü Hidratantes
vendidos em mercados não são eficientes no tratamento da doença
MITO. Cremes e pomadas para
lubrificar os locais atingidos pela psoríase são sempre bem-vindos. O ideal é
que contenham ácido salicílico ou ureia em sua fórmula.
ü O
tratamento da psoríase deve contemplar ao menos dois medicamentos
VERDADE. Há várias formas de
tratamento, que incluem desde medicamentos corticoides até aqueles de última
geração conhecidos como biológicos, passando pela fototerapia e substâncias
retinóides. Mas, para que o corpo não se acostume ao remédio e este deixe de
fazer o efeito esperado, é preciso combinar, no mínimo, duas terapias
diferentes. Por isso, é importante procurar um médico aos primeiros sintomas.
Ele avaliará o estágio da doença e definirá quais serão prescritas.
ü Não
há produtos específicos para tratar a doença quando ela se manifesta no couro
cabeludo
MITO. Existem shampoos formulados
com substâncias como corticoides e ácido salicílico que tratam a psoríase no
couro cabeludo. São eficientes e não interferem no visual do paciente.
ü É
fácil encontrar remédio para psoríase na farmácia, não havendo necessidade de
consultar um médico
VERDADE e MITO. Existem
medicamentos à venda que não exigem a apresentação de receita médica, mas os
pacientes JAMAIS devem seguir esse procedimento. A automedicação não é
recomendada em nenhum caso, mas é mais grave no caso da psoríase. Por isso, é
importante sempre consultar um profissional.
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