O risco para a gestante se dá
devido à série de alterações fisiológicas que acontecem durante a gravidez
A vacinação contra o vírus H1N1 restrita a
grupos especiais terminou, em quase todos os estados brasileiros, e foi
liberada para o restante da população. As pessoas consideradas de risco para a
influenza que receberam a vacina em primeira mão foram os idosos com mais de 60
anos, crianças com idade entre 6 meses e menores de 5 anos, mulheres grávidas,
mães com bebês de até 45 dias, trabalhadores da saúde, doenças crônicos e a
população carcerária. Foi baixa, no entanto, a adesão das gestantes à vacina.
Em
mulheres grávidas é maior a probabilidade de complicações graves resultantes da
gripe, especialmente a H1N1, como pneumonia, edema de pulmão, embolia pulmonar
e insuficiência renal, o que põe em risco a saúde da mãe e do bebê.
Para
o bebê, na verdade, pouco se sabe sobre os efeitos do H1N1, e acredita-se que a
contaminação do feto via placentária seja rara. A complicação mais frequente
nesse caso está relacionada ao aborto, sofrimento fetal agudo e nascimento
prematuro, em especial devido à febre materna e à má oxigenação fetal, devido
às alterações respiratórias maternas decorrentes da gripe.
João Luis Ribas, professor da Escola Superior de
Saúde, Meio Ambiente, Sustentabilidade e Humanidades da Uninter explica que o
risco para a gestante se dá devido a série de alterações fisiológicas que
acontecem durante a gravidez como, alterações no sistema imunológico que reduz
as defesas em resposta aos antígenos fetais. Embora essa alteração ocorra para que o
organismo tolere os antígenos paternos (portanto estranhos) apresentados pelo
feto, torna a gestante mais suscetível a infecções. Além disso, a gestante sofre alterações cardíacas e
respiratórias, com uma redução em sua capacidade pulmonar e aumento de líquidos
circulantes. Isso faz com que ela favoreça a exacerbação de sintomas de uma
contaminação por H1N1. “É muito importante que as gestantes tenham consciência
desta série de riscos e que tomem a vacina.”, salienta o profissional.
A principal orientação às
gestantes é que assim que identifiquem algum dos sintomas relacionados ao H1N1,
procurem assistência médica imediatamente para evitar futuras complicações.
Sintomas
Os
principais sintomas são febre alta, dor de garganta, tosse, cansaço, dor de
cabeça e pelo corpo. No entanto, sintomas como dificuldade de respirar ou falta
de ar, catarro com sangue, dor ou pressão no peito, pele azulada, tontura e
confusão mental, vômitos, redução dos movimentos do bebê e febre alta que não
cede.
Prevenção
Para Ribas, medidas simples podem reduzir
e até mesmo impedir a contaminação pelo vírus H1N1, tais como: lavar as mãos frequentemente, usar álcool 70,
evitar colocar as mãos no nariz, na boca e nos olhos, não beijar e nem
cumprimentar, com as mãos, pessoas com sintomas de gripe, abrir e arejar
diariamente os ambientes.
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