Campanha
Global teve início no último dia 23 de junho em 17 países.
Objetivo é orientar pais e responsáveis e evitar acidentes
Objetivo é orientar pais e responsáveis e evitar acidentes
Anualmente, diversos
casos de acidentes por estrangulamento de crianças, inclusive fatais, causados
por cordões de persianas e cortinas, são registrados em todo o mundo. No
Brasil, onde já foram identificados alguns relatos, o Inmetro esteve à frente de
uma campanha de conscientização, com o intuito de alertar pais, responsáveis,
classe médica e institutos de ensino infantil sobre o perigo, integrando uma
ação global com 17 países, realizada entre 23 e 30 de junho. A iniciativa
é fruto de uma parceria com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento
Econômico (OCDE), criadora da campanha, que reúne os regulamentadores dos
países que são referência em segurança infantil, como os Estados Unidos,
Canadá, Austrália e os da União Europeia. No Brasil, além do Inmetro, a ONG
Criança Segura e o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) também
aderiram.
“Queremos que os
responsáveis tenham consciência dos riscos causados por cordões em cortinas e
persianas. Nos Estados Unidos, por exemplo, cerca de 12 crianças morrem todo o
ano por sufocamento causado por estes cordões. É importante nos juntarmos a
outros países e ampliar este alerta no Brasil para um risco que ainda pode ser
desconhecido para muitas pessoas”, comenta Paulo Coscarelli, assistente da
Diretoria de Avaliação da Conformidade.
Para ele, a prevenção é
a principal ação a ser tomada: “É importante verificar em casa, por exemplo, se
estes cordões são acessíveis a crianças e se possuem laços que permitam que ela
fique presa pelo pescoço, correndo risco de estrangulamento. Outra ação simples
e que não tem qualquer custo seria cortar os cordões ou amarrá-los numa altura
que as crianças não alcancem”, aconselha.
Como parte da campanha,
material informativo com dicas de prevenção será divulgado no site do Inmetro e
nos das entidades parceiras, além das mídias sociais, nas quais será usada a
hashtag #cortinasegura.
Pesquisa
nacional
No primeiro trimestre de
2016, o Inmetro realizou uma pesquisa, no Portal do Consumidor, para mapear os
índices de acidentes domésticos vinculados a esses produtos. Mais da metade dos
consumidores (54,7%) que responderam à enquete afirmaram saber o que é um
acidente de consumo. Do total, 89% reconhecem o risco de estrangulamento oferecido
pelos cordões de persianas e cortinas às crianças de 0 a 6 anos. “O
levantamento revela ainda que 10,4% dos consumidores conhecem alguma criança
que tenha sofrido este tipo de acidente, o que reforça a necessidade de
campanhas de conscientização como esta”, cita Coscarelli.
Regulamento
O Inmetro vai aprofundar
o estudo sobre os riscos oferecidos pelo produto para avaliar se cabe adotar
alguma medida regulatória adicional. No momento, reúne informações sobre o
assunto por meio de benchmarking internacional e dados recebidos de acidentes
no Brasil. A própria campanha de conscientização já é uma forma de o Instituto
intervir no setor e alterar o comportamento dos consumidores com foco no uso
seguro das cortinas e persianas com cordões. “É importante que todos os casos
de acidentes sejam relatados no Sistema Inmetro de Monitoramento de Acidentes
de Consumo (Sinmac), pela internet, para nos ajudar a decidir se cabe ou não
uma futura regulamentação sobre o uso de cordões nestes produtos que cubra
todos os casos passíveis de risco”, complementa Coscarelli.
Internacionalmente,
autoridades regulamentadoras de segurança de produtos trabalham ativamente na
sensibilização do consumidor quanto aos perigos do cordão de cortinas e
persianas. Nos Estados Unidos, segundo a Comissão de Segurança de Produtos de
Consumo (Consumer Product Safety Commission – CPSC), há um relato com morte por
mês, causado por sufocamento com estes cordões.
Dicas
de segurança: fique atento
- Examine todas as
cortinas e persianas em casa. Certifique-se de que não há cordões acessíveis na
parte frontal, lateral ou traseira do produto.
- Não coloque berços,
camas e móveis perto das janelas, pois as crianças podem subir e ter acesso aos
cordões.
- Corte os cordões ou
amarre-os em uma altura que as crianças não alcancem. Na dúvida, opte por
cortinas ou blecautes sem cordões.
- Mantenha as crianças
sob supervisão, sempre: o estrangulamento por cordões de cortinas ocorre de
forma rápida e silenciosa.
- Em casos de acidentes de consumo envolvendo este tipo de produto ou qualquer outro acidente envolvendo um produto ou um serviço, faça o relato no Sinmac (www.inmetro.gov.br/sinmac).
- Em casos de acidentes de consumo envolvendo este tipo de produto ou qualquer outro acidente envolvendo um produto ou um serviço, faça o relato no Sinmac (www.inmetro.gov.br/sinmac).
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