Acordo, que prevê investimentos de mais
de R$ 10 milhões, é o primeiro recurso financeiro que o Instituto recebe
para pesquisas contra a doença
O Instituto Butantan,
órgão ligado à Secretaria de Estado da Saúde e um dos maiores centros de
pesquisa biomédica do mundo, fechou parceria internacional para o
desenvolvimento de uma vacina contra o Zika vírus. O acordo foi anunciado na
noite da ultima sexta-feira, 24 de junho.
A instituição receberá
investimento de 3 milhões de dólares da Biomedical Advanced Research and
Development Authority (BARDA), órgão do Ministério da Saúde dos
Estados Unidos (HSS, na sigla em inglês), para as pesquisas de uma vacina de
Zika com vírus inativado. O repasse financeiro se dará por meio de acordo
entre a BARDA e a Organização Mundial de Saúde para a expansão da capacidade de
pesquisa e produção de vacinas no Brasil.
Os recursos serão
investidos em equipamentos e insumos para o desenvolvimento da vacina
contra a doença. O acordo também prevê cooperação técnica entre os
especialistas em vacinas da BARDA e os pesquisadores do Instituto Butantan.
“O Butantan
já vem trabalhando no desenvolvimento de uma vacina de vírus
inativado. Este tipo de vacina tem desenvolvimento científico e
tecnológico mais rápidos e, por usar vírus não infectante, tem aprovação pelos
órgãos reguladores, como Anvisa, facilitada”, destaca o diretor do Instituto
Butantan, Jorge Kalil. Atualmente, a instituição está no estágio de
imunização do vírus inativado em roedores.
Nos últimos meses, os
pesquisadores do Instituto trabalharam no processo de cultura, rendimento,
purificação e inativação do vírus em laboratório.
Os próximos passos
envolvem testes de toxidade do produto em animais e análise de uma área
industrial para a produção do imunobiológico. A expectativa do Instituto
Butantan é que a vacina possa estar disponível para os primeiros testes em
humanos já no primeiro semestre de 2017.
“O investimento reconhece
a excelência do Instituto Butantan na pesquisa e produção de novos
imunobiológicos. A parceria permitirá que a instituição prossiga na produção de
uma vacina contra o Zika vírus, contribuindo para o avanço das pesquisas
científicas no país”, afirma Kalil.
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