A professora especialista em linguística e
franqueada da rede Tutores explica como diagnosticar e ajudar a tratar a
discalculia fazendo com que a criança se desenvolva melhor com os números
Causada por má formação neurológica, a discalculia
pode ser descoberta logo nos primeiros anos de vida através da trajetória de
aprendizagem e do desenvolvimento da criança com relação à tudo que está
relacionado aos números. Mas é preciso ficar atento, pois nem todas as crianças
gostam de contas e existe uma grande diferença entre quem acha matemática chata
e difícil e quem sofre de um distúrbio. A professora especialista em
linguística e franqueada da rede Tutores em Uberlândia (MG), Juliana Reis,
explica como tratar e amenizar a discalculia, fazendo com que a criança passe
pela vida escolar da maneira menos traumática possível.
“Muitas vezes uma criança diagnosticada com
discalculia é tratada como quem tem dificuldades gerais de aprendizagem,
moderada, grave ou profunda. É difícil diagnosticar o distúrbio, pois nem
sempre é visto como uma condição separada. O profissional deve sempre fazer
orientações gerais sobre as dificuldades matemáticas e, a partir daí, planejar
as intervenções pedagógicas necessárias. Só é possível perceber traços de
discalculia a partir da maturação neurológica compatíveis com a demanda
matemática da fase em que a criança se encontra. Não se trata de um distúrbio
que se percebe da noite para o dia.”, explica a especialista.
Entre os sinais característicos de um aluno
discalculico estão: a dificuldade em realizar cálculos simples como adição; em
resolver problemas matemáticos; substituir ou reverter números por outro (6-9 /
2-5); alinhar mal os símbolos; com o uso dos pontos decimais; ler e escrever os
símbolos matemáticos (=/ ÷) e de avaliação e organização visuespacial. Também é
comum ter confusão em procedimentos aritméticos (adição, subtração e
multiplicação); dificuldade na linguagem matemática e sua relação com os
símbolos (subtrair, retirar, deduzir, menos etc.); escrever os símbolos e
dígitos necessários para os cálculos e em separar o concreto do abstrato.
Uma vez que a criança foi diagnosticada com
discalculia, todas as pessoas de seu convívio devem ajudá-la e existem métodos
para isso. O professor deve assegurar-se que as habilidades para um bom estudo
estejam estabelecidas, para que não haja problemas com os conteúdos
subsequentes. Um bom ensino, uma aula bem preparada e intervenções mais
específicas ajudam alunos com discalculia. Ao ensinar a classe ou um grupo de
alunos é importante que o professor se certifique que o aluno discalculico
esteja prestando atenção, que as explicações estejam divididas em pequenas
etapas, sem que se pareçam distintas, isso porque o aluno precisa compreender o
contexto geral de determinado assunto. A utilização de jogos ajuda a reduzir a
ansiedade e permite que o aluno relaxe, e, portanto, preste mais atenção. Mas
se a ansiedade for muito grande, um acompanhamento individual ajuda a garantir
o sucesso escolar, reduzindo assim o estresse ou a ansiedade em relação à
matemática e ajudando o aluno a progredir em seu próprio ritmo.
Além disso, o professor deve sempre que possível
tornar o trabalho relevante e significativo e mostrar vínculos com os
interesses e passatempos do aluno para motivá-lo. Abordagens multissensoriais
(estilo visual, auditivo e sinestésico) também podem facilitar a aprendizagem.
“A família e escola devem tratar o problema de
maneira muito tranquila. Os pais devem estar atentos frente às avaliações
escolares com resultados insatisfatórios e dialogar com a criança sem
desespero. Muitos pais se sentem culpados, acham que podem ter feito alguma
coisa errada ou não terem feito o suficiente, mas não devem pensar dessa forma,
pois a criança precisa se sentir segura para conseguir e seguir o tratamento”,
complementa Juliana.
Ao perceber algo de errado em seu filho, a primeira
coisa que ao pais devem fazer é procurar um profissional para um diagnóstico.
Geralmente esses diagnósticos são uma descrição do atual estágio de
desenvolvimento. Depois os pais precisam se certificar que seu filho esteja
recebendo o tratamento adequado, assim a possibilidade de desenvolvimento da
capacidade matemática será grande. “A escola deve informar como será feito o
trabalho com essa criança e caso ela seja acompanhado por um professor de
maneira individual, esse também deve indicar como será feito o trabalho e se já
teve alunos com essas dificuldades. Como as crianças estão em constante
desenvolvimento, é muito comum que as dificuldades que existiram no ano
anterior sejam minimizadas ou desaparecidas, no entanto alguma delas pode
permanecer de forma suave em toda a vida adulta.”.
Os pais também podem ajudar seus filhos em
situações práticas, como pagar com dinheiro em uma loja, receber troco etc.
Alguns jogos de tabuleiros podem garantir horas de diversão em família e ainda
estimular a criança nos requisitos matemáticos, mas o cuidado deve ser
redobrado, a criança não pode se sentir pressionada e sim, desafiada. O momento
precisa ser de lazer e não de sofrimento.
Existem diversos tipos de discalculia, entre elas a
verbal, que trata-se da resistência em nomear números, termos e símbolos, a
léxica, que diz respeito aos problemas em ler os símbolos matemáticos e a
practognóstica, relacionada à dificuldade para enumerar, comparar ou manipular
objetos ou imagens matemáticas. A criança também pode ter problemas para
escrever símbolos matemáticos, o que se caracteriza como discalculia gráfica,
ou para mentalizar operações e compreender conceitos matemáticos, o chamado
discalculia ideognóstica.
De acordo com a franqueada da Tutores, a
discalculia de maneira geral pode ser tratada e curada ou ao menos amenizada.
Portanto o insucesso escolar está mais ligado à não intervenção e a maneira com
que a pessoa vai lidar com essa dificuldade nos anos escolares do que a
discalculia. Serão necessárias algumas estratégias para aprender ou gravar
determinados conhecimentos, geralmente as dificuldades de aprendizagem começam
a aparecer na fase de alfabetização e quando feito o diagnóstico ainda na fase
inicial e assegurado que os conteúdos anuais sejam trabalhados, a criança
consegue passar pela vida escolar de maneira não traumática.
Sobre a Tutores
Além do reforço escolar e do programa de tutoria, a
Tutores conta com um programa que desenvolve bons hábitos de estudo. Os alunos
são orientados a gerenciar seu tempo, reconhecer seu estilo de aprendizagem,
organizar o material escolar, preparar-se para provas, entre outras técnicas. O
material oferecido pela Tutores facilita o processo cognitivo das crianças e as
auxilia em suas dificuldades de aprendizado.
A rede atende todas as disciplinas e níveis
escolares, trabalha com uma visão multidisciplinar das necessidades de seus
alunos e oferece aulas particulares, tutoria, cursos livres, para o Ensino
Médio, Superior, TCC e para a melhor idade. Também conta com preparatórios para
o Enem, vestibular e concursos, além de aulas de português para estrangeiros.
Para saber mais, acesse: http://www.tutores.com.br/
Nenhum comentário:
Postar um comentário