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terça-feira, 28 de junho de 2016

Cardiopatia é a principal causa de morte na infância



Segundo o Doutor Lima, referência em cardiologia no Brasil, uma em cada cem crianças nasce com alguma alteração na estrutura do coração




Muito se fala sobre doenças cardíacas em adultos, mas poucos sabem que os números relacionados às crianças estão cada vez mais assustadores. A Cardiopatia é considerada a principal causa de morte na infância, por doenças congênitas. Segundo estudos, nascem no Brasil aproximadamente 28 mil crianças com problemas cardíacos por ano, ou seja, a cada 100 bebês nascidos vivos, um possui alterações no coração.

A Cardiopatia Congênita é considerada qualquer anormalidade na estrutura ou função do coração, que surge nas primeiras oito semanas de gestação quando se forma o coração do bebê. Ela ocorre devido uma alteração no desenvolvimento embrionário da estrutura cardíaca. As causas ainda não estão bem definidas, podem ocorrer pela interação de fatores genéticos e ambientais. Porém, é comprovado que existem famílias com maior risco de ter filhos com Cardiopatia congênita.

Segundo o cirurgião cardiovascular do Incor e Professor Doutor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, Doutor Lima, estudos internacionais apontam que a Cardiopatia pode matar até duas vezes mais do que todos os tipos de cânceres. Ao menos 23 mil bebês necessitam de um atendimento diferenciado, ou até mesmo, de cirurgia cardíaca, e destes, 18 mil (78%) sequer recebem o tratamento, seja por falta de diagnóstico ou por falta de vagas na rede pública de saúde.

Os principais sintomas podem ser: ponta dos dedos e/ou lábios roxos, conhecido como CIANOSE; transpiração e cansaço excessivos durante as mamadas; respiração acelerada mesmo durante o sono; dificuldade de ganhar peso e irritação frequente, choro sem consolo.

“As Cardiopatias congênitas podem ser suspeitadas logo na gestação, identificadas por meio de um ultrassom morfológico e confirmadas pelo ecocardiograma fetal. Logo após o nascimento, pode-se identificar através do Teste do Coraçãozinho. O diagnóstico precoce salva vidas, principalmente em casos mais graves, quando o parto deve ser planejado e a criança operada nos primeiros dias de vida”, explica o Doutor.

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