Segundo o Doutor Lima, referência em cardiologia no Brasil, uma em
cada cem crianças nasce com alguma alteração na estrutura do coração
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Muito se fala
sobre doenças cardíacas em adultos, mas poucos sabem que os números
relacionados às crianças estão cada vez mais assustadores. A Cardiopatia é
considerada a principal causa de morte na infância, por doenças congênitas.
Segundo estudos, nascem no Brasil aproximadamente 28 mil crianças com
problemas cardíacos por ano, ou seja, a cada 100 bebês nascidos vivos, um
possui alterações no coração.
A Cardiopatia
Congênita é considerada qualquer anormalidade na estrutura ou função do
coração, que surge nas primeiras oito semanas de gestação quando se forma o
coração do bebê. Ela ocorre devido uma alteração no desenvolvimento
embrionário da estrutura cardíaca. As causas ainda não estão bem definidas,
podem ocorrer pela interação de fatores genéticos e ambientais. Porém, é
comprovado que existem famílias com maior risco de ter filhos com Cardiopatia
congênita.
Segundo o
cirurgião cardiovascular do Incor e Professor Doutor da Faculdade de Medicina
da Universidade de São Paulo, Doutor Lima, estudos internacionais apontam que
a Cardiopatia pode matar até duas vezes mais do que todos os tipos de
cânceres. Ao menos 23 mil bebês necessitam de um atendimento diferenciado, ou
até mesmo, de cirurgia cardíaca, e destes, 18 mil (78%) sequer recebem o
tratamento, seja por falta de diagnóstico ou por falta de vagas na rede
pública de saúde.
Os principais
sintomas podem ser: ponta dos dedos e/ou lábios roxos, conhecido como
CIANOSE; transpiração e cansaço excessivos durante as mamadas; respiração
acelerada mesmo durante o sono; dificuldade de ganhar peso e irritação
frequente, choro sem consolo.
“As
Cardiopatias congênitas podem ser suspeitadas logo na gestação, identificadas
por meio de um ultrassom morfológico e confirmadas pelo ecocardiograma fetal.
Logo após o nascimento, pode-se identificar através do Teste do Coraçãozinho.
O diagnóstico precoce salva vidas, principalmente em casos mais graves,
quando o parto deve ser planejado e a criança operada nos primeiros dias de
vida”, explica o Doutor.
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