Muito comuns em bebês, as assaduras nada mais
são do que dermatites de contato, aquelas em que há lesão da pele causada pelo
contato excessivo e frequente de determinadas regiões com roupas e fraldas, por
exemplo. Na assadura, o contato da pele do bebê, bastante sensível, com as
fezes e a urina provoca a alteração do PH nas regiões íntimas da criança,
levando a lesões acompanhadas de ardência e dor. Apesar de não ser um fator
agravante, o tempo frio também exige a atenção das mães, que não devem diminuir
a quantidade de trocas de fraldas com o objetivo de preservar a criança
aquecida.
"As fezes e a urina são substâncias
irritantes à pele. Portanto, o contato da fralda molhada, além da sua constante
fricção, aumenta a suscetibilidade da pele ao aparecimento dessa lesão que
chamamos de assadura. Em muitos casos, essa assadura também tem um fungo
associado, que é a cândida, resultando no desenvolvimento da candidíase no
bebê", explica a Dra. Maria José Carvalho Sant'Anna, pediatra e professora
da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.
Caracterizada pela vermelhidão do local
afetado, lesões leves na pele e erosões em alguns casos, as assaduras têm maior
possibilidade de aparição a partir do momento em que o bebê passa a comer alimentos,
além do leite materno, o que torna as fezes e a urina mais irritantes à pele.
"Nos casos mais leves, a pele do bebê é
acometida por uma vermelhidão na região do períneo. Nos moderados, há o
aparecimento de lesões e vermelhidão, que escamam a pele. Nos graves, os danos
são mais acentuados e importantes; são situações em que houve maior contato da
urina e das fezes com a pele e, após o aparecimento da assadura, a pele
continuou em contato com a urina, agravando o quadro e provocando dor e irritabilidade
à criança. 80% dos casos em que a assadura passa de três dias, já têm fungo
associado, o que indica a necessidade de acompanhamento e tratamento junto ao
pediatra", explica a professora.
Para
evitar o problema, a Dra. Maria José dá dicas básicas de cuidados das mães para
com os bebês:
Evitar deixar a criança com a mesma fralda por um período prolongado, para mantê-la sempre seca e limpa.
Aumentar o número de trocas de fraldas,
especialmente em bebês recém-nascidos, que urinam e defecam muitas vezes ao
dia.
Ao trocar a fralda, procurar sempre limpar o
bebê com água morna e sabonete neutro e usar lenços umedecidos somente em
último caso - a atitude mantém a criança devidamente limpa e evita o
desenvolvimento de alergias ao lenço.
Tomar cuidado com as pomadas, que podem ser
difíceis de ser removidas da pele do bebê.
Ter atenção para não apertar muito a fralda e
deixar o bebê mais confortável e menos suscetível a assaduras.
Sempre que possível, deixar o bebê exposto ao
sol (brando) e sem fralda. Esse hábito mantém seca a região que estaria em
contato com a fralda.
Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São
Paulo - Visite o
site: www.fcmsantacasasp.edu.br
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