Endocrinologista do Hospital São Luiz
explica também o diagnóstico e o tratamento
Localizada na região anterior do
pescoço, a tireoide é uma glândula do sistema endócrino responsável pela produção
dos hormônios T3 e T4, que controlam o metabolismo. O distúrbio mais comum
nesta glândula é o hipotireoidismo, que acontece quando a tireoide não está
conseguindo produzir esses hormônios em quantidade suficiente.
A principal causa deste problema
é uma doença autoimune chamada hipotireoidite de Hashimoto, quando o organismo
começa a produzir anticorpos contra a própria tireoide. Outras possíveis
origens são a retirada da glândula, devido a um nódulo ou câncer, e
radioterapia na região cervical, por exemplo.
De acordo com o Dr. Alex Leite,
coordenador da equipe de Endocrinologia das unidades Itaim e Morumbi
do Hospital São Luiz, por ser uma característica genética, se um membro da
família é portador dessa doença, os demais devem ficar atentos, já que as
chances de desenvolvê-la são maiores neste caso.
Entre os principais sintomas
estão fadiga, intolerância ao frio, queda de cabelo, pele seca, sonolência,
dores no corpo, depressão, dificuldade de memorização, constipação intestinal,
rouquidão, unhas fracas, ganho de peso e frequência cardíaca mais baixa do que
o normal. Nas mulheres, a doença pode alterar a menstruação e também a
fertilidade.
O diagnóstico é feito por meio da
análise clínica e laboratorial. “Como os sintomas não são tão específicos, se
ocorrer suspeita clínica é necessário confirmar com os exames. Se o paciente
apresentar essa sintomatologia, pode procurar um clínico geral ou um
endocrinologista”, explica o Dr. Alex.
Se o paciente demorar a ser
diagnosticado ou não for tratado corretamente, pode ter perda de rendimento,
piora progressiva dos sintomas e evoluir para um quadro mais severo. “Nas
crianças, o diagnóstico tem que ser precoce para não comprometer o
desenvolvimento neurológico e o crescimento”, diz o especialista.
Apesar de não ter cura, o
hipotireoidismo tem controle. O tratamento é feito através da reposição de
hormônio tireoidiano, via medicação oral. O desafio maior é o ajuste da dose do
paciente, que é individualizada e feita com base nos sintomas e nos exames. Se a
dose não for apropriada, a pessoa pode persistir com os sintomas. Porém, quando
a reposição acontece adequadamente, o indivíduo recupera as condições normais e
não tem qualquer perda na qualidade de vida.
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