Com
a economia mais fraca, 53 % dos consumidores diminuirão o
número de
compras parceladas em 2015 e 56% deixarão de consumir produtos supérfluos
compras parceladas em 2015 e 56% deixarão de consumir produtos supérfluos
Para quase a metade
dos brasileiros, 2015 deve ser um ano difícil no cenário econômico. É o que
mostra uma pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil)
e pelo portal Meu Bolso Feliz
sobre a percepção e expectativas dos consumidores em relação a situação atual
da economia e sobre os impactos no consumo e tomada de crédito. O estudo revela
que 47% dos entrevistados esperam uma situação pior em comparação com o ano
passado, principalmente entre as classes A e B e pessoas com maior escolaridade.
Os dados também
mostram que, para os consumidores, as consequências diretas do cenário
econômico atual são a restrição ao consumo e a redução das compras parceladas.
53% dos
consumidores diminuirão as compras parceladas
Entre os principais
desdobramentos da piora do cenário econômico atual está a diminuição de compras
parceladas - para 53% dos brasileiros. De acordo com a economista-chefe do SPC
Brasil, Marcela Kawauti, essa impressão generalizada de que a economia está
piorando é apenas reflexo da realidade. "A inflação cada vez mais alta,
aliada às taxas de juros elevadas, faz com que os consumidores pisem no freio
na hora de consumir", diz. "Fazer transações com o valor dividido
mantém a dívida e o comprometimento da renda por meses. O melhor jeito
encontrado pelos consumidores para evitar isso é a diminuição nas compras a
prazo", explica Kawauti.
Outra consequência
da situação econômica é a restrição ao consumo. Segundo a pesquisa, 56% dos
consumidores afirmam que deixarão de consumir produtos e serviços que não
precisam a fim de economizar. "O principal corte na hora de rever o
orçamento são os gastos supérfluos - e muitas vezes os valores desses produtos
ajudam a ter uma forte economia no orçamento.", reforça Marcela.
"O momento
econômico pede cautela e vale se prevenir contra imprevistos, como o temido
desemprego, diminuindo o consumo para economizar e iniciando uma reserva
financeira", indica a economista.
Para 34%, conseguir
crédito está mais difícil que em 2014
De acordo com os
dados levantados, um terço (34%) avalia de forma negativa o acesso ao crédito.
Praticamente quatro em cada dez (37%) consumidores dizem sentir dificuldades em
usufruir de alguma forma de pagamento - sobretudo no caso do cheque pré-datado.
Foi investigado na pesquisa que quando essa dificuldade aparece, 37% dos
entrevistados desistem da compra e 30% fazem o pagamento à vista. A maioria dos
consumidores (66%) revela já ter recebido ofertas para pagar compras à vista em
dinheiro.
"Com o acesso
ao crédito mais difícil, a perda de vendas dos lojistas pode chegar a 45% das
compras, entre aqueles que encontram dificuldades no uso de cartão de crédito,
crediário, cheque pré-datado ou na obtenção de financiamento. Isso porque
muitos consumidores deixam de lado alguns produtos que a princípio tinham
intenção de comprar", analisa a especialista do SPC Brasil.
Outro dado
importante identificado no estudo é a percepção para 57% dos consumidores de
que as taxas de juros cobradas em 2015 estão maiores que no ano passado,
principalmente entre os homens e pessoas das classes A e B, e com maior
escolaridade. Também é expressivo o percentual daqueles que não sabem responder
a respeito - 33% dos entrevistados. "Isso representa uma grande parte dos
consumidores que não tem muita noção de como a economia está e desconhecem as
taxas cobradas no dia a dia", conclui Kawauti.
Metodologia
Foram ouvidas 642
pessoas das 27 capitais brasileiras, com idade igual ou superior a 18 anos, de ambos
os sexos e de todas as classes sociais. A margem de erro é de 3,8 pontos
percentuais e a confiança é de 95%. Os dados foram pós-ponderados para ficarem
representativos ao universo estudado.
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