7 em cada 10 entrevistados, porém,
são contra a medida para qualquer situação, segundo pesquisa da Hello Research que entrevistou mil pessoas em 70
cidades do país
A legalização do aborto incendeia debates
sociais e culturais. Em nosso vizinho Uruguai, onde a lei de interrupção
voluntária da gravidez está em vigor desde o fim de 2012, o total de abortos
legais concretizados subiu 20%, enquanto o número de mulheres que decidiram
levar adiante a gravidez após solicitar o procedimento cresceu 30% em 2014,
conforme o relatório anual do Ministério da Saúde divulgado em março.
No Brasil, a opinião pública ainda é
majoritariamente contrária à legalização do aborto. Segundo pesquisa da Hello Research (www.helloresearch.com.br), agência
de pesquisa de mercado e inteligência que entrevistou um total de mil pessoas
com mais de 16 anos em 70 cidades de todas as regiões e classes sociais do
país, 72% dos entrevistados se posicionam contra a medida em qualquer situação,
e apenas 15% se colocam a favor.
Em casos de gravidez oriunda de estupro, o
resultado se divide: 44% são a favor do aborto nesta situação e 44% são contra.
A pesquisa mostra que as classes D e E são mais avessas à legalização (51% em
casos de estupro e 75% em qualquer situação). Na subdivisão por idade, os mais
jovens – de 25 a 34 anos – são mais favoráveis à medida, tanto para os casos de
estupro (49%) quanto para qualquer situação (19%) – número que cai à medida que
a faixa etária aumenta.
“A pesquisa é um ótimo termômetro para
verificar como pensa a população sobre temas polêmicos que tratam da realidade
de todos os brasileiros. Quanto mais informações e estatísticas temos, mais
alto será o nível de debate na defesa de qualquer ponto de vista”, ressalta
Davi Bertoncello, diretor executivo da Hello Research.
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