Pesquisa realizada pela Hibou
aponta que mesmo em tempos de crise, 86% presentearão suas mães e a
maioria dos consumidores desembolsará 37% a mais em relação ao ano
anterior
Com o dia das mães se aproximando, a Hibou, empresa de pesquisa e monitoramento de mercado e consumo, realizou entre os dias 1 e 5 de maio uma pesquisa sobre o hábito dos consumidores brasileiros para esta data com uma amostra de 800 pessoas
Brasil todo pelas ruas e via web. “Como a data apresenta um forte apelo
para o comércio em geral, questionamos a opinião dos entrevistados sob o
ponto de vista comemorativo e comercial”, explica Ligia Mello, sócia da
Hibou e coordenadora da pesquisa.
A maioria dos entrevistados considera que o dia das mães é uma data comercial, mas que mesmo assim já é uma cultura e que é bom celebrar (49%).
23% consideram uma data importante e 15% aproveitam para matar a
saudade e dar uma respirada da correria do dia a dia para encontrar quem
é importante. Apenas 12% consideram o dia das mães um feriado puramente comercial, a mesma proporção percebida em relação ao natal.
Neste Dia das Mães, 86% dos entrevistados pretendem presentear suas mães,
13% suas sogras, 7% suas avós, 6% suas irmãs e 5% suas esposas. “O
interessante é que reforçando a visão moderna da mulher independente, 17% das entrevistadas aproveitarão a data para dar um presente a si mesmas, mães autônomas que sustentam suas famílias.” Explica Ligia Mello.
Sobre o tipo de presentes mais
escolhidos, enquanto 4% não presentearão com nenhuma lembrança na data,
6% darão um almoço especial como presente, e 5% preferem usar suas
próprias habilidades para confeccionar o presente ideal. Os demais consumidores estão buscando presentes em Shopping Centers (34%) e lojas de rua que já conhecem (21%). Neste processo, a compra com antecedência (33%) supera a de última hora (20%), e 16% já encomendaram o presente antecipado via internet, um acréscimo de 3% em menos de um semestre (13% no natal de 2014).
Quanto à escolha do localda compra, a
proximidade (19%) e a praticidade de ir direto ao produto que se quer
(17%) superam por pouco a busca pelo melhor preço (13%).
O gosto pessoal é o atributo mais
importante 68% na escolha do presente, “o que acaba forçando a uma faixa
de preço mais pré-definida”diz Ligia. “O consumidor busca em sua zona
de conforto onde já conhece as opções de presente e o preço que espera
encontrar, mantendo-o em sua região ou nas lojas que conhece”finaliza.
Cosméticos e vestuários lideram a intenção de compras
2/3 das presenteadas são mulheres
preocupadas com cuidados pessoais, perfumes, dermocosméticos e cuidados
com a pele, fitness e saudabilidade geral. Isso coloca perfumes e cosméticos como o segundo item (39%) na lista dos bons presentes para o dia das mães, abaixo apenas de vestuário (50%). Flores e cestas de café da manhã seguem em terceiro (37%),
enquanto 1/3 dos entrevistados acreditam que um livro é um bom presente
(33%), sendo o primeiro item cultural e que sai do estereótipo
feminino.
O número de presentes “de vida”
também continua crescendo que são: ingressos a experiências e convites a
“ser” ao invés de “ter”. 52% dos entrevistados pensam em dar de
presente, ao invés de um produto, uma experiência. Exemplo: um dia de
spa, ingresso de um musical com jantar, canoagem, para-quedas, ou algo
diferente.
Valores em média gastos neste Dia das Mães
Os valores do presente variam conforme a possibilidade de cada um, mas a maioria das pessoas busca um presente na casa dos R$ 100,00. Em
média, serão gastos R$ 180,00 com presentes para as “mães”, uma média
três vezes maior que o valor médio das lembranças de natal no final do
ano passado. Enquanto o número de presentes de Natal varia entre
3 a 5, o número de presentes para “mães” é 1,3 – mantendo assim o mesmo
valor total médio gasto entre as pessoas que darão presentesneste dia
das mães. “Isso é interessante, pois mostra que o consumidor está disposto a gastar basicamente a mesma parcela do salário nos dois feriados ao presentear” explica Ligia.
Em relação ao dia das mães do ano passado, os entrevistados acreditam que gastarão mais (37%) do que anteriormente,
muito devido ao aumento de preço (61% mais abaixo), enquanto outra
parcela igual deve gastar menos (34%), pois está apertando o cinto em
2015. O brasileiro está acompanhando o aumento de perto. 61% acreditam
que subiram, enquanto 26% acredita que sejam o mesmo que no ano passado
quando já estavam um pouco elevados
Sobre a forma de pagamento, o brasileiro está tentando evitar o parcelamento. 34% utilizarão cartão de débito, 24% dinheiro,
21% cartão de crédito parcelado e 14% cartão de crédito à vista.
“Incertezas sobre o futuro e alta de juros figuram entre os motivos,
mantendo basicamente a mesma proporção que foi vista no final de 2014”
diz Ligia.
O que chama atenção do Brasileiro no momento da compra
Promoções
estão cada vez mais em “lugares comuns”, e o consumidor já acostumou a
ver algum item em destaque – às vezes com incredulidade. Uma exposição
clara e convidativa pode mudar a compra do consumidor uma vez que apenas 12% saem de casa já sabendo o que comprarão. A
cordialidade e o treinamento dos vendedores também é muito importante
(18%), e conta muito mais que simples aparência do staff (2%).
Também vale destacar que a qualidade dos produtos (37%) é muito mais importante que a marca (11%). “O
consumidor aprendeu a confiar em marcas conhecidas como sinônimo de
qualidade, reforçando o papel destas, mas é importante que os
fabricantes não deixem a peteca cair. Uma queda na qualidade pode
rapidamente denegrir uma marca construída ao longo do tempo.” Finaliza Ligia.
Por fim, o dia das mães é uma data
familiar, que inclui passar um tempo na casa dos pais (46%) e em casa
(31%), e para 1/4 dos entrevistados é motivo para uma refeição fora de
casa: “uma folga merecida do fogão no dia de homenagem a quem também é a
“chef” da cozinha.”conclui Ligia.
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