Veja relato de mãe sobre os prazeres e desafios em ter
filho com Down
Dolores de Souza soube que o seu filho tinha Down só depois
do nascimento. Ela conta que o choque foi enorme, pois não tinha o conhecimento
do que isso significava. “Você programa a sua gestação, o pré-natal de uma
maneira, e quando você vê que a situação vai ser diferente você perde o chão”.
Para ela, a desinformação é um dos principais empecilhos para as pessoas com
Síndrome de Down. “A limitação dele foi a sociedade quem impôs; a criança não é
limitada”.
Foi só depois de algum tempo, e munida de mais informações,
que Dolores entendeu que Lucas teria um desenvolvimento que possibilitaria que
ele tivesse uma vida independente. “Aos seis meses o meu filho veio para o
CIAM, que, através de exercícios específicos, vem ajudando no desenvolvimento dele.”
O CIAM, uma
sociedade brasileira sem fins lucrativos que presta serviços a pessoa com
deficiência intelectual, possui diversos especialistas que atendem crianças e
adolescentes com Síndrome de Down e outras síndromes em suas duas unidades.
Além disso, o CIAM também presta auxílio aos pais e mães e vê a transferência
de tecnologia e informação como parte fundamental no desenvolvimento de seus
atendidos.
Veja o relato de Dolores de Souza sobre a sua experiência
desde o nascimento de seu filho Lucas, seis anos atrás:
*
Eu dividiria a minha vida em dois momentos: antes e depois
do Lucas. Antes dele, a minha vida era só vaidade, e as preocupações eram
outras. Eu cuidava de mim. Mas quando o Lucas nasceu, parece que eu nasci em um
novo mundo.
*
Eu soube que ele tinha Síndrome de Down só quando ele
nasceu. Você programa a sua gestação, o pré-natal de uma maneira, e quando você
vê que a situação vai ser diferente você perde o chão. Eu tive depressão
pós-parto e cheguei até a desejar que ele ficasse no hospital.
*
Foi só depois que eu comecei a me informar melhor e ver que
o meu filho seria capaz de ser independente e se desenvolver. Eu subestimava
ele, achava que ele não teria condições de se trocar sozinho, andar, escovar os
dentes e até conversar comigo. Organizações como o CIAM são muito importantes
para desmistificar esses preconceitos. Ele chegou aqui aos seis meses, e foi
aqui que ele não somente aprendeu a ser mais independente mas também que eu
entendi que a limitação dele foi a sociedade quem impôs; a criança não é
limitada”.
Veja o depoimento completo da Dolores no vídeo: https://youtu.be/QEm8g3gpiag
Sobre o CIAM
Em
1959 nascia o Centro Israelita de Apoio
Multidisciplinar (CIAM), uma sociedade brasileira sem fins lucrativos,
de natureza educacional, cultural e filantrópica, foi fundado para prestar
serviços a pessoas com deficiência intelectual definida como
"funcionamento intelectual inferior à média populacional (QI <70)
associado a limitações adaptativas que abrange muitas habilidades sociais
cotidianas e práticas”.
O
CIAM-Jaguaré promove e realiza projetos atendendo crianças, adolescentes até a
idade adulta com deficiência intelectual e deficiências associadas,
apoiando-os, bem como os seus familiares, do nascimento à maioridade, através
de atendimentos de fonoaudiologia, fisioterapia e terapia ocupacional até 4
anos de idade, e trabalhos em grupos com foco psicopedagógico e inclusivo para
as crianças em idade escolar e adolescentes.
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