Especialista alerta população não incluída na campanha
de vacinação gratuita
Nesta época do ano, os dias começam e
terminam mais frios, sendo que a variação de temperatura ao longo do dia favorece
aumento relevante nos casos de gripe. De acordo com o Ministério da Saúde, a
vacina disponibilizada gratuitamente nos postos de vacinação protegerá contra
três subtipos do vírus da gripe: A/H1N1, A/H3N2 e influenza B. O público-alvo
da campanha é formado por crianças de seis meses a menores de cinco anos;
pessoas com 60 anos ou mais; trabalhadores da saúde; povos indígenas;
gestantes; mulheres que deram à luz há menos de 45 dias; presos e os
funcionários do sistema prisional. Mas ainda tem muita gente exposta ao vírus
da gripe – que em casos mais graves pode ser fatal. Para essa parcela relevante
da população, as clínicas particulares têm se mostrado uma boa opção para
prevenção da doença.
Na
opinião da médica alergista Domicília Castrale, responsável pelo serviço de
vacinação do Centro de Diagnósticos Brasil (CDB), apesar de não ser gratuita, a vacina
trivalente oferecida nas clínicas particulares tem alta qualidade e protege
contra os mesmos subtipos do vírus influenza: tipo A H1N1 (gripe suína), A H3N2
e B. “Acima dos nove anos de idade, apenas uma dose é necessária. Vale lembrar
que, como o vírus é inativo, não há risco de o paciente ser contaminado por
esses tipos de vírus influenza. A única contraindicação à vacina trivalente é
alergia a ovo, já que ela é desenvolvida a partir de vírus influenza cultivados
em ovos de galinha”.
Quem
já passou dos 50 anos deve tomar a vacina contra gripe conjugada com a vacina
contra pneumonia pneumocócica (PCV13) – conhecida mundialmente como Prevenar.
“É muito importante que adultos saudáveis se previnam também contra a
pneumonia, já que os casos dessa doença também se multiplicam nos meses de
outono e inverno”, diz a médica. Como as pessoas costumam se aglomerar em
espaços fechados nos dias mais frios, reduzindo muito a ventilação local, o
contágio pelo vírus da gripe aumenta. É o caso de salas de aula, transportes
públicos, cinemas, shopping centers etc.
Além
da vacina trivalente e da PCV13, Domicília alerta para a necessidade de lavar
as mãos várias vezes ao dia, frequentar ambientes arejados, evitar tossir na
direção de outras pessoas e, se possível, evitar trabalhar ou ir à escola se
estiver muito gripado. “Em caso de febre persistente, dores no corpo, tosse,
cansaço e inapetência, um médico deve ser consultado para que o paciente seja
medicado corretamente. Ninguém deve confiar a própria saúde apenas a receitas
caseiras ou à automedicação. Até porque, em caso de ter contraído a gripe A, é
importante ser medicado com Tamiflu nas primeiras 48 horas”.
Outro
ponto importante destacado pela médica é que mesmo quem já está resfriado deve
ser vacinado. Nesse sentido, a alergista ensina a diferenciar gripe de
resfriado: “Quando resfriadas, as pessoas podem sentir dores leves na região da
cabeça e nuca, irritação na garganta, coriza e obstrução nasal. Num quadro de
gripe, esses sintomas são bem mais intensos, com ocorrência de febre alta.
Neste caso, o ideal é adiar a vacinação por alguns dias, até se sentir melhor”.
Dra.
Domicilia Castrale - médica alergista
responsável pelo Serviço de Vacinação do Centro de Diagnósticos Brasil (CDB),
em São Paulo. www.cdb.com.br
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